No âmbito das celebrações do Dia da Europa, a fadista atua no sábado no Auditório Jean-Pierre Miquel, em Vincennes, no Val-de-Marne, nos arredores de Paris.

A fadista é acompanhada nos dois espetáculos pelos músicos Guilherme Banza, na guitarra portuguesa, Rogério Ferreira, na viola, e Frederico Gato, na viola baixo.

O convite à fadista partiu Academia de Fado de Paris, uma iniciativa de Valérie do Carmo, e da qual a criadora de "Se o meu amor fosse um fado" é madrinha.

“Os franceses mostram um interesse cada vez maior pelo fado, e até aprender a interpretar e a tocar”, disse à agência Lusa Luísa Rocha, que qualificou o convite como "uma responsabilidade, dado que a Academia leciona aulas de guitarra portuguesa, de viola e de interpretação, refletindo a expansão do fado e o interesse que motiva cada vez mais lusodescendentes e não só”, referiu a fadista que, em outubro do ano passado, atuou na Câmara de Paris.

“O alinhamento é essencialmente o do álbum ‘Fado veneno’”, disse à Lusa a fadista, que não descartou interpretar temas do seu álbum de estreia, “Uma noite de amor”.

“Fado veneno” foi elogiado pela BBC Radio3, que considerou a voz de Luísa Rocha “inebriante e sedutora”.

O álbum é constituído apenas por poemas inéditos, alguns escritos propositadamente para a voz da fadista.

Neste álbum, produzido, tal como o de estreia, pelo músico Carlos Manuel Proença, Luísa Rocha realçou ter tido “uma maior participação nas diferentes fases” criativas, tendo arriscado uma maior exposição de si própria.