Cole, que esteve no Porto no âmbito da Feira do Livro, mencionou durante um painel de discussão que estava a trabalhar numa nova obra, para suceder a “Cidade Aberta” (publicado em Portugal pela Quetzal), precisando que se passaria em Lagos, cidade onde cresceu.

“É especificamente sobre a cidade de Lagos. Estou a tentar descobrir o meu caminho pela forma do livro, mas quero apenas escrever sobre a cidade, o seu passado e o seu presente”, disse Cole à Lusa.

O escritor nascido nos Estados Unidos acrescentou querer escrever sobre Lagos num sentido histórico, “mas num sentido altamente pessoal também”.

“Escrita urbana, mas que espero que possa contribuir com algo novo para a forma”, realçou.

Durante a sessão de debate, que teve lugar na Biblioteca Municipal Almeida Garrett no passado fim de semana, Teju Cole recordou os momentos em que, nos primórdios da Internet, utilizava motores de busca para procurar informações sobre a cidade nigeriana de Lagos.

No entanto, o que lhe aparecia como resultado em primeiro lugar era a cidade portuguesa com o mesmo nome, algo que gerava no atual crítico de fotografia do New York Times uma profunda irritação tendo em conta a diferença em termos de escala: a cidade de Lagos, no Algarve, tinha 31.049 residentes, segundo os Censos de 2011, enquanto as estimativas para a Lagos, Nigéria, vão dos 18 aos 21 milhões de habitantes.

Como Cole referiu em conversa posterior: “Há mais falantes de ioruba na Nigéria do que falantes de português em Portugal”.

Teju Cole publicou este ano, no mercado internacional pela Random House, o livro “Blind Spot”, que conjuga o seu trabalho fotográfico com o escrito.

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