O Aura decorre num percurso de luz criado entre o MU.SA – Museu de Artes de Sintra, na Estefânea, e a Quinta da Regaleira, na estrada antiga para Colares, entre as 21:00 e as 24:00, que através de instalações artísticas “explora afinidades entre a vila de Sintra e a arte em espaço público”, explica a organização.

Segundo os organizadores, “cada criação está vinculada a um lugar, a um coração, a um acontecimento lumínico, como, por exemplo, uma aurora boreal”.

O fenómeno luminoso de regiões nórdicas será recriado no miradouro da Correnteza, na instalação “532 nm”, da ArticaCC, que vai transfigurar o espaço e “vesti-lo de neblinas, de aurora ‘borealis’, de vegetação fantástica e fantasmas, espetros e ‘geysers’ de luz”, convidando à interação com o público.

Ao longo do percurso, residentes e visitantes vão “viver experiências imersivas, interativas e contemplativas, podendo interagir ou simplesmente desfrutar das várias projeções de vídeo interativas, ‘vídeo mapping’, instalações lumínicas e performances”, prevê a organização.

A iniciativa, produzida pela Criaatividade Cósmica, em parceria com a câmara municipal, inclui ainda um concerto de música do mundo na Sociedade União Sintrense, “Mandalas de Som”, viagem pelas paisagens musicais de Harida, Mansoor e Nuno Salvado (sexta e sábado às 22:00).

O espaço interativo “Con-Ciencia: Tudo começa com o que consomes”, numa antiga loja na Estefânea, acolhe experiências científicas e artísticas nas áreas da sustentabilidade energética, investigação digital e lumínica, com a curadoria de Maria Rosa Hidalgo/Depaluarte.

No ‘foyer’ do MU.SA, a instalação interativa “EGO”, de Klaus Obermaier, apela aos visitantes a aumentarem e deformarem imagens traduzidas pelos seus movimentos.

O artista austríaco concebeu também “Dancing House”, que através do “mapeamento de projeção interativa com uma instalação sonora” também reclama a participação dos espetadores, para criar uma dança entre eles e o Palácio Nacional de Sintra, no centro histórico.

A performance “Luzes da Nascente”, do francês Jean Marc Dercle, decorre diariamente, às 22:15, na Volta do Duche, em que a água se comporta “como um gravador líquido suscetível de receber, memorizar e transmitir vibrações eletromagnéticas”.

A dupla portuguesa Eclipz tomará conta da Fonte Mourisca, com “Ripple”, que assume a contemplação da união transcendente da água, som e luz, enquanto numa cascata, entre a vila e a Quinta da Regaleira, acomoda histórias de “Amor líquido”.

Um ‘workshop’ de reciclagem de objetos de plástico transparente, realizado em colaboração com a Actis – Universidade da Terceira Idade de Sintra, criou “Um sonho no jardim”, no Museu Ferreira de Castro, na Vila Velha.

Os gémeos portugueses Oskar & Gaspar desenvolveram um conjunto de instalações de ‘vídeo mapping’ e de luz, que sob o título “Reflection”, promovem a contemplação de novas perspetivas sobre o património no Patamar dos Deuses e na Gruta do Labirinto da Quinta da Regaleira.

A terceira edição do Aura, com acesso gratuito, conta com a participação de um total de 20 artistas de cinco nacionalidades (Portugal, Áustria, França, Espanha e Alemanha) e, durante as quatro noites do festival, o trânsito estará interdito, entre as 21:30 e as 23:30, na Volta do Duche.

A autarquia aconselha os visitantes a utilizarem os parques de estacionamento da Portela de Sintra (P1), junto à estação ferroviária, e do edifício do Urbanismo de Sintra (P2).