Num programa dedicado aos "novos mestres", como os encenadores alemães Thomas Ostermeier e Falk Richter ou o francês Joel Pommerat, a Companhia de Teatro de Almada, organizadora do festival, que hoje anunciou o cartaz, escolhe o português Ricardo Pais, como homenageado desta edição, e orientador do programa “O sentido dos mestres”, “Aprender a esquecer”.

Um inédito de Gil Vicente, numa coprodução da Companhia de Teatro de Almada, com a encenadora espanhola Ana Zamora, o impacto da religião no quotidiano do cidadão comum, pela companhia vienense da Schauspielhaus e Falk Richter, ou o experimentalismo do histórico Theatre LA MaMa, de Nova Iorque, com um texto crítico de Pasolini, "Pylade", são algumas das propostas desta edição.

Para o diretor do Festival e da Companhia de Teatro de Almada, Rodrigo Francisco, a programação tem por objetivo, “como sempre, congregar os diversos públicos, de modo a não deixar ninguém de fora”.

“Desde a linguagem 'beckettiana' da coreógrafa Maguy Marin, ao flamenco de Mercedes Ruiz, ao pós-dramatismo de Falk Richter, com a devoção à literatura de Thomas Ostermeier, tudo é possível ver nesta edição do Festival" que, desde 1984, reúne em Almada "diversos e variados públicos e agentes de cultura”, disse o diretor do certame.

Rodrigo Francisco refere-se a produções como “Città del Vaticano”, do alemão Falk Richter, e "Susn", peça do também alemão Herbert Achternbusch, encenada por Thomas Ostermeier para a Kammerspiele de Munique.

Além dos 29 espetáculos de sala, que preenchem o programa do certame, a 33.ª edição do festival integra ainda exposições da autora do cartaz desta edição, a pintora Graça Morais.

“Metamorfoses”, uma exposição de artes plásticas patente na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, a partir de hoje, até 04 de setembro, e “Os biombos”, mostra de cenografia patente na Escola D. António da Costa, de 04 a 18 de julho -, são as mostras de Graça Morais, no âmbito do festival.

“Montra”, uma exposição de homenagem a Ricardo Pais, na Escola D. António da Costa, faz uma retrospetiva do trabalho do encenador, antigo diretor do Teatro Nacional D. Maria II e do Teatro Nacional de S. João, que levou a palco autores como Almeida Garrett, Maria Velho da Costa e Alexandre O'Neill, Sternheim, Arrabal e García Lorca, Arthur Schnitzler, Luísa Costa Gomes e Padre António Vieira.

Ao longo do festival, Ricardo Pais fará igualmente a orientação do programa de formação contínua “O sentido dos mestres”, subordinado ao tema “Aprender a esquecer”.

A exposição documental “Todos e cada um”, sobre os públicos do festival, no Teatro Municipal Joaquim Benite, é outra mostra do festival, cuja programação contempla ainda outras atividades, como concertos e espetáculos de rua.

Sete produções portuguesas podem ser vistas nesta edição, uma das quais o concerto inaugural, pela Orquestra Gulbenkian.

Com direção musical de Jan Wierzba, a orquestra interpretará obras de Edvard Grieg, Gaetano Donizetti e Leonard Bernstein.

A Escola D. António da Costa, Teatro Municipal Joaquim Benite, Fórum Romeu Correia, Teatro-Estúdio António Assunção, Incrível Almadense e Casa da Cerca são os locais de Almada onde se realizam os espetáculos de sala.

Em Lisboa, o Teatro Municipal D. Maria II, o Centro Cultural de Belém, o Teatro da Trindade e o Teatro Taborda abrem-se ao Festival de Almada.

A 33.ª edição do Festival de Almada contempla produções oriundas de Alemanha, Argentina, Áustria, Estados Unidos, Noruega, Roménia e Suíça.

Itália, país alvo do ciclo novíssimo teatro italiano, far-se-á representar com cinco produções.

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