"No nosso cartaz temos músicos que só vêm a Viseu, bandas internacionais que quando vêm a Portugal vêm a Viseu. Isso é uma escolha consciente e propositada, porque achamos que é importante termos acesso a coisas diferentes: penso que é mais interessante do que ver um artista ou banda de muita qualidade, mas que podemos ir ver a Aveiro ou ao Porto", avançou Ana Bento, da Gira Sol Azul, que organiza o festival.

A 4.ª edição do Festival de Jazz de Viseu, com o subtítulo ‘Que jazz é este?', decorre de dia 19 a dia 24, sobretudo no Parque Aquilino Ribeiro.

"Julgo que esta quarta edição do festival apresenta-se mais madura, em relação às outras. Quisemos também, com esta maturação, dar força ao nosso slogan ‘Que jazz é este?' e que torna este festival num festival diferente das dezenas que acontecem em Portugal e até no estrangeiro", sustentou.

Durante a conferência de imprensa de apresentação do evento, Ana Bento sublinhou que esta é uma edição em que reafirmam os seus principais valores e objetivos, para além de recuperarem "o que está na génesis disto tudo".

"Foi há oito anos que começámos com o ‘Workshop de Jazz’. Depois de refletirmos, percebemos que a formação é o grande pilar deste Festival de Jazz e decidimos investir com toda a força nele", acrescentou.

Ana Bento destacou ainda que vai ser instalada a Rádio Rossio no coração da cidade, com emissões de vários locutores, e ainda o projeto Recreio, com uma série de instalações interativas por Ana Seia de Matos.

Sobre a programação, um dos fundadores da Gira sol Azul, Joaquim Rodrigues, revelou que musicalmente haverá uma consolidação do que apresentaram na última edição.

"Espero que consigam notar que há também uma abrangência grande musical e em termos de individualidades vão notar que o festival parte de Viseu para o mundo. Vamos ter músicos da cidade, de várias gerações; artistas de Lisboa, Porto e Coimbra; e internacionais: ingleses, italianos, brasileiros e outras nacionalidades a residir em Nova Iorque", evidenciou.

O início do festival está marcado para dia 19 "com a prata da casa", no Museu Nacional Grão Vasco, onde atuará o Coro Azul.

No dia seguinte, também no Museu Nacional Grão Vasco, é dia de se ouvir o Quinteto de Jazz de Viseu, que se reencontra para celebrar os 30 anos da sua formação.

No palco João Torto, montado no Parque Aquilino Ribeiro, serão apresentados "os grupos que mais vão divergir da palavra jazz".

"Vai ser muito diversificado, teremos alguns nomes estrangeiros, apesar de alguns residirem há muito tempo em Portugal", referiu.

Os ‘after-hours' propõem três bandas energéticas e muito diferentes: Rite of Trio (dia 21, no Parque Aquilino Ribeiro), Miguel Amado Group (22, no Parque Aquilino Ribeiro) e Filipe Teixeira Trio (23, também no Parque).

Para o palco principal do Parque Aquilino Ribeiro estão reservados os concertos exclusivos de artistas que nunca atuaram em Portugal.

Neste leque figuram a compositora italiana Manuela Panizzo (na foto acima, dia 21), o trompetista inglês Quentin Collins (22) e o trio Preston Glasgow Lowe (23).

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, aproveitou a ocasião para realçar o trabalho da Gira Sol Azul, concretamente na área do jazz.

"Começou quase de forma tímida, mas este festival tem vindo a implementar-se como um cartaz nacional e mesmo internacionalizado. O importante é a conquista de público que gostem de jazz e a preocupação permanente de nos posicionarmos do ponto de vista de oferta para a região, mas também que seja fator de atração de pessoas e diferentes públicos de todo o país e também públicos internacionais", concluiu.

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