"Estamos a falar de um número total na ordem das 22 mil espectadores nos três dias e hoje (sábado) tivemos lotação esgotada com cerca de 12 mil pessoas", adiantou Diogo Marques.

O responsável adiantou que apesar de, no sábado, "haver muita gente a querer entrar" no sábado a organização decidiu fechar as bilheteiras para garantir "comodidade" aos 12 mil espectadores que se encontrava no recinto.

A edição 2016, que decorreu entre 25 e 27 de agosto com um cartaz marcado por nomes que se celebrizaram nas décadas de 1970 e 1980, foi organizado pela empresa Surprise and Expectation, criada em Caminha, um consórcio constituído pela Probability Makers e pela Metrónomo.

O responsável da organização do primeiro festival da Península Ibérica adiantou realçou que face à afluência de público houve necessidade de "aumentar em 45 mil metros as zonas de estacionamento, bem como a área de campismo".

"Tivemos que crescer para poder receber as pessoas. É muito positivo", afirmou Diogo Marques acrescendo que a edição deste ano é "uma aposta ganha".

"Conseguimos fazer renascer Vilar de Mouros. Conseguimos que todos os tabus sobre edições anteriores desaparecessem. Estamos aqui, pelo menos por mais seis anos que é o prazo de vigência do protocolo assinado com a Câmara Municipal de Caminha", sustentou.

Diogo Marques revelou que em 2017 a organização do "Woodstock" português vai fazer "subir a fasquia".

"Já temos vários nomes em carteira. Já estamos a trabalhar desde finais de julho na próxima edição. Os nomes serão anunciados mais para o final do ano. Vamos ter pré-venda de bilhetes no Natal e que tudo está a caminhar para termos, em 2017, um grande, grande, grande festival", frisou,

O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves referiu que a edição do "renascimento" de Vilar de Mouros "ficou acima das expectativas".

"Superou nossas expectativas e dá-nos força para continuar. Hoje sou um homem feliz", afirmou o autarca socialista que lembrou "a luta muito grande" que encetou "para fazer o festival ressurgir das cinzas".

"Foi difícil. Tivemos que romper com receio pelo facto de, na última década, o festival ter estado adormecido e castigado por más opções estratégicas e políticas mas o festival ressurgiu em força e hoje é um dia extraordinário", sustentou.

O festival de Vilar de Mouros termina hoje, com mais um dia de cartaz repartido entre três artistas portugueses e três estrangeiros, abrindo com Samuel Úria e fechando com Blasted Mechanism.

Pelo palco principal montado junto às margens do rio Coura passaram ainda Bombino, Tiago Bettencourt, os Waterboys. Às 00:30 de domingo atuam os britânicos Tindersticks.

Esta edição do renovado festival de Vilar de Mouros termina com o concerto dos portugueses Blasted Mechanism, a partir das 02:00 de domingo.