Na conferência de imprensa de apresentação da edição deste ano, o diretor artístico do Teatro Art’Imagem, José Leitão, que vai passar o testemunho a Pedro Carvalho, lamentou que, pelo terceiro ano consecutivo, a Câmara Municipal do Porto “não considere que este festival tenha características para fazer parte do calendário de atividades do seu pelouro da Cultura”.

“Sem o apoio fundamental da Câmara Municipal do Porto este festival terá que ser reequacionado e este ano este festival é um pouco um festival, mais uma vez, de resistência, mas estamos fartos de fazer festivais de resistência. Queremos fazer festivais artísticos”, afirmou José Leitão, que lembrou que 2016 é o último ano do apoio quadrienal da Direção-Geral das Artes e que, tendo em conta o calendário, a edição de 2017 acontecerá antes do anúncio dos próximos apoios.

José Leitão realçou que continuam "à procura de melhores dias" para recuperar "o fulgor que [o Fazer a Festa] teve noutros tempos".

No dia 24 de abril, na Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto, vai decorrer uma reflexão pública sob o título “Que fazer com o Fazer a Festa, 35 anos depois?” para a qual a organização do festival convida os artistas e as companhias que “determinaram o rumo deste festival” ao longo de mais de três décadas.

“Já vamos para o terceiro ano da nova era artística e cultural da cidade, tudo depressa, muito depressa e sempre muitas coisas a acontecer. O Fazer a Festa devagar, devagar, continua a lutar para não morrer. Procuramos soluções, caminhos de futuro para que o festival continue ou então executar a sentença de morte anunciada. Chegados aqui, que fazer?”, perguntam os organizadores.

O orçamento da edição deste ano é de 65 mil euros, “tendo apenas conseguido para a sua realização cerca de 15 mil euros em ‘dinheiro vivo’ provenientes da Direção Geral das Artes/Ministério da Cultura e do Instituto Português do Desporto e Juventude”.

O festival arranca no dia 22 de abril no Teatro Carlos Alberto, no Porto, com a abertura da exposição “Para lá da memória dos 35 anos do Fazer a Festa – Autópsia de um festival de teatro”.

O evento vai ocupar os jardins da Casa das Artes, também no Porto, com diversos eventos, organizando várias sessões no Auditório da Quinta da Caverneira, na Maia.

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