Num encontro com jornalistas, que aconteceu hoje na abertura do festival, a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, e o presidente da PROGESTUR, Hélder Ferreira, destacaram que a novidade desta edição é a mudança do FIMI para Belém.

“A vinda para Belém é uma prova de confiança nesta iniciativa”, afirmou Joana Gomes Cardoso.

Hélder Ferreira salientou que a mudança de local permite uma maior interação e uma “oferta mais diversificada para o turista nacional, internacional e também para os residentes”.

A praça D. Pedro IV, no Rossio, foi o local que recebeu as anteriores edições do FIMI, mas a organização considerou que “tinha limitações em termos de espaço”.

O FIMI, na sua 12.ª edição, pretende cruzar “o património histórico e cultural” da cidade de Lisboa “com as tradições ancestrais da Península Ibérica”, através de uma série de iniciativas como desfiles, mostra das regiões, concertos, exposições, tertúlias, entre outras.

No âmbito de Lisboa como Capital Ibero-americana de Cultura, a Colômbia e o Perú são os países convidados do 12.º Desfile da Máscara Ibérica, que se realiza no sábado, a partir das 16:30, e que contará com a participação de 36 grupos e mais de 650 participantes.

Neste desfile, os Caretos de Salsas e os Caretos de Grijó, de Bragança, as Madamas de Torre de Dona Chama, de Mirandela, e o Brutamontes do Auto de Floripes, de Viana do Castelo, são alguns dos representantes portugueses, que se juntam, pela primeira vez, a grupos de outras localidades, como Coimbra, Ílhavo, Macedo de Cavaleiros, Mira, Miranda do Douro, Mogadouro e Vila Real.

“O FIMI é um projeto de dimensão ibérica, internacional e institucional”, disse Hélder Ferreira, acrescentando que “abriu muitas portas entre Portugal e Espanha”.

Assim, provenientes de Espanha, são esperados Los Gigantes y Cabezudos de Aranda de Duero, de Burgos, Los Gigantes de Sant Jordi del Tricentenário, da Catalunha, além de outros grupos das Astúrias, Cáceres, Galiza, Salamanca, León e Guadalajara.

Em relação aos países convidados, vai ser apresentado o Carnaval de Barranquilla, da Colômbia, e a Diablada, do Perú, neste desfile da Máscara Ibérica que acontecerá na praça do Museu de Marinha e no jardim da praça do Império.

Uma das preocupações da organização é “trazer a parte turística, mas também a académica” com a realização de dois debates.

“Entroidos Tradicionais” é o tema do primeiro debate, que decorrerá hoje, às 18:00, no Museu Nacional de Arqueologia.

O segundo debate, organizado pela Fundação Inatel, vai abordar as dimensões e os desafios da Cultura Popular, e acontecerá na próxima sexta-feira, às 18:00,no Museu Nacional de Arqueologia.

Paralelamente a estas iniciativas, no Museu Nacional de Arqueologia, na Casa da América Latina e na Casa Pia de Lisboa têm lugar outras iniciativas como exposições e atuações de grupos de desfile.

A expectativa da organização para este ano é que haja uma “grande adesão do público” e que seja uma “edição muito participada”, uma vez que a edição anterior recebeu 500 mil visitantes.