Quarenta músicos, a maioria rapazes (30), seis baterias, 14 guitarras, cinco baixos, oito vozes no coro e alguns sopros compõem a mais recente turma da Escola do Rock, a banda escolhida para abrir na quarta-feira, 16 de agosto, o primeiro dia do Vodafone Paredes de Coura, o festival de música daquela vila minhota que este ano celebra um quarto de século de existência.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, o diretor artístico da Escola de Rock, Nuno Alves, 42 anos, conta que é “uma honra” e um sentimento “especial” abrir o palco principal de Paredes de Coura com um concerto de 45 minutos de duração e com um reportório que inclui algumas das bandas que passaram pelo festival nas 24 edições anteriores.

Nuno Alves, que vai tocar guitarra elétrica em algumas músicas do concerto da Escola de Rock, recorda que participou na primeira edição de Coura quando tinha 18 anos e que voltar ao palco daquele festival, no contexto de uma escola de rock é “importante”.

“É primeira vez que vou tocar com uma turma de miúdos que ainda são mais novos do que eu quando comecei. Nos ensaios houve vários choques culturais”, refere, exemplificando, que alguns dos elementos nem sequer conheciam “algumas referências musicais” do festival, como os Pixies.

É pelas 19:30 da próxima quarta-feira, a mesma hora em que os Arcade Fire tocaram no Paredes de Coura (2005), a Escola de Rock, cujo músico mais novo é um baterista de 12 anos, sobe ao palco e vai abordar temas de bandas como dEUS, Nine Inch Nails, Motorhead, Arcade Fire, PJ Harvey, Queen of Stone Age, Sonic Youth ou Pixies.

“Rock and Roll”, de Led Zepplin, foi a primeira música tocada no primeiro dia da primeira edição de Paredes de Coura, a 20 de agosto de 1993, pela banda Cosmic City Blues, voltando a ser tocada na 25.ª edição pela Escola de Rock, conta Nuno Alves.

O primeiro dia da 25.ª edição do Paredes de Coura fecha com a artista britânica Kate Tempest. A 'rapper', 'performer' e escritora lançou em 2016 “Let Them Eat Chaos”, o álbum que aborda temas como o capitalismo, individualismo, culto das celebridades, alienação através da tecnologia, corrupção ou alterações climáticas.

Antes de Kate Tempest, atuam os norte-americanos Future Islands, junto às margens da praia fluvial do Taboão, onde se prevê que toquem um dos seus temas mais conhecidos, “Seasons (waiting on you)”.

Os portugueses Mão Morta são outra banda que também atua no primeiro dia da 25.ª edição do Paredes de Coura, levando para o espetáculo a “celebração dos 25 anos da edição de "Mutantes S.21", álbum lançado em 1992", segundo avança a organização do festival na sua página oficial da Internet.

As bandas britânicas The Wedding Present e Beak fazem também parte do alinhamento para o primeiro dia da 25.ª edição do Paredes de Coura.

At the Drive-In, Foals, Beach House, Benjamin Clementine, Car Seat Headrest, Nick Murphy (Chet Faker), Young Fathers, Andy Shauf, You Can’t Win, Charlie Brown, Ty Segall e muitos outros vão tocar também no Paredes de Coura 2017, que termina dia 20 de agosto, sábado.

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