Em 14.ª edição, o festival apresentará a programação em 14 espaços da capital, com espetáculos, vídeo-instalações, cinema e encontros com 23 artistas e coletivos, entre eles Vera Mantero, Miguel Gonçalves Mendes, Luciana Fina, Rui Catalão, Arkadi Zaides, Isabelle Danto, ou André Uerba.

No dia 27 de outubro, o festival começa com um ciclo no Cinema Ideal dedicado ao realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul, galardoado em 2010 com a Palma de Ouro do Festival de Cannes pelo filme "O Tio Boonmee, que Recorda as Suas Vidas Passadas".

Mas o arranque oficial do certame acontece a 29 de outubro, com a estreia nacional de "Fever Room", um espetáculo de Apichatpong Weerasethakul, que repete no dia seguinte, também no São Luiz Teatro Municipal.

Neste espetáculo, Apichatpong explora camadas de ficção e realidade, põe em causa o lugar do espetador no espaço de apresentação do cinema e no espaço teatral, de acordo com a descrição da programação do Festival Temps d´Images.

Após a estreia mundial na Coreia do Sul, no ano passado, e a estreia europeia, este ano, no Festival Kunsten, na Bélgica, e no Steirischer Herbst - Festival of New Art, na Áustria, "Fever Room" estará em Lisboa com um elenco composto por Elenco Jenjira Pongpas, Banlop Lomnoi, e Teenagers of Nabua.

Também no São Luiz Teatro Municipal, em estreia absoluta, será apresentado o espetáculo "A Voz Humana", de João Paulo Santos, Lúcia Lemos, Vasco Araújo, e Jean Paul Bucchieri, de 3 a 11 de novembro.

Outros espetáculos previstos são "Triste Ensaio sobre a Beleza", de Mara Andrade, no Teatro da Trindade, a 10 de novembro, "Terrarium", de André Uerba, no Espaço Alkantara, de 18 a 20 de novembro, "Merci", de Sara Vaz, no espaço cultural Rua das Gaivotas 6, entre 01 e 3 de dezembro.

Vera Mantero vai apresentar uma instalação vídeo de "Curso de Silêncio", de 10 a 13 de novembro, no Teatro da Trindade, onde Luciana Fina também apresentará a instalação "Il Destacco", nos mesmos dias.

Arkadi Zaides apresenta a sua instalação vídeo em estreia nacional intitulada "Capture Practice", no Palácio Príncipe Real, de 16 a 27 de novembro.

Com direção de António Câmara Manuel, o Festival Temps d´Images teve a sua origem no coração da Europa, em 2003, no âmbito de um projeto liderado pela ARTE – canal europeu de cultura - que lançou mais onze festivais congéneres: Arte, La Ferme du Buisson (França), Trafo (Hungria), Roma Europa (Itália), Halles (Bélgica), Tanzhaus nrw (Alemanha), New Theatre Institute of Latvia (Letónia), Polónia, Estónia, Usine C (Canadá).

Hoje os festivais Temps d’Images França, Alemanha, Hungria, Canadá, Roménia e Portugal atuam de forma autónoma, mas mantêm uma rede informal de cooperação e partilha.

Em Portugal é um projeto DuplaCena e Horta Seca associação cultural e conta com os financiamentos da Direção das Artes (DGArtes), Câmara Municipal de Lisboa, Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), entre outros parceiros públicos e privados.