Trata-se de uma tragicomédia provocadora e comunicativa, plena de referências sobre “a condição mais humana de todas, a fuga”, disse à agência Lusa o encenador Carlos Curto.

A peça, cuja estreia está integrada nas comemorações do Dia Mundial do Teatro (27 de março), centra-se em torno de Roberto, um político ambicioso, que se vê perdido entre dois comícios.

Sem saber onde está, procura desesperadamente fugir de duas pessoas que o perseguem e lhe chamam filho.

Nesta “corrida”, perseguido e perseguidores cruzam-se com duas figuras estranhas: uma “louca”, que conduz um carrinho de hipermercado dentro do qual transporta o filho e um toxicodependente provocador.

Pouco a pouco, personagem a personagem, o espaço vai ganhando contornos mais definidos e os seis fugitivos percebem que iniciaram afinal a última viagem.

“Não sei se é sobre a família, a perda ou, tão só, o desencontro”, escreve o autor sobre a peça que agora sobe ao palco do Teatro de Bolso e que é o seu sexto texto encenado por aquela companhia de Setúbal.

“A Fuga” é uma adaptação de Carlos Curto do original de Rui Zink “Fuga para o Egito” que, em 2004, esteve na base do libreto da ópera “Os fugitivos” que o autor estreou no Teatro da Trindade, em Lisboa.

André Moniz, Célia David, Duarte Victor, Miguel Assis, Sónia Martins e Susana Brito interpretam “Fuga”, que tem novas representações no sábado, às 21:30, no domingo, às 16:00, e na segunda-feira, Dia Mundial do Teatro, às 21:30.

Estão também previstas sessões para os dias 1, 2, 7, 08, 28 e 29 de abril, às 21:30, e para os dias 9 e 30 de abril, às 16:00.