O músico, de 40 anos, toca há 23 anos, e está projetar gravar o seu primeiro álbum a solo, que será editado em 2017, mas, no palco de Belém, disse à Lusa que não perspetiva adiantar temas do disco.

"Irei tocar as guitarradas que costumo tocar nos espetáculos de fadistas que acompanho normalmente, nomeadamente a Carminho e a Cuca Roseta, e também algumas melodias tradicionais de fado com arranjos meus", afirmou à Lusa.

O interesse de Luís Guerreiro pela guitarra portuguesa começou aos nove anos, quando o pai lhe ofereceu uma, e começou a dedilhar o instrumento incentivado por um vizinho, que tocava.

"A sério, quando tomei a decisão que seria por aqui a minha vida, foi também cedo, aos 14 anos, e tudo foi acontecendo muito naturalmente", contou.

Aponta António Parreira como seu mestre, com quem aprendeu "muito", e também Paulo Parreira.

A viver nos arredores de Lisboa, Luís Guerreiro, começou a acompanhar fadistas, "ainda não tinha a carta de condução".

"Quando ia tocar, quem me levava, e depois trazia, era o meu irmão, que pacientemente esperava que a noite acabasse", recordou.

A casa de fados Forte D. Rodrigo, em Cascais, do fadista Rodrigo, foi o seu primeiro palco, um espaço onde trabalhou, entre outros, com os fadistas Ivone Ribeiro e Manuel de Almeida, "mas iam lá muitos, grandes mestres, como o Fontes Rocha e outros".

A sua primeira experiência de palco, e grandes espetáculos foi com o fadista Nuno da Câmara Pereira e, aos 22 anos, começou a acompanhar Mariza, com quem atuou em grandes palcos internacionais como o Carnegie Hall, em Nova Iorque, Royal Festival Hall, em Londres, a Ópera de Sydney, ou o Festival Internacional da Canção do Cairo, entre outros.

"Foi uma experiência gratificante, muito interessante e uma grande aprendizagem", comentou o músico.

Quanto a referências, Luís Guerreiro citou os guitarristas Jaime Santos, José Nunes e Raul Nery, "e muitos que estão atualmente a tocar como o José Manuel Neto".

Luís Guerreiro atua no pequeno auditório do CCB, acompanhado pelos músicos Flávio César Cardoso, na viola, e Marino de Freitas, na viola baixo, no âmbito do ciclo "Há fado no cais", uma iniciativa em parceria com o Museu do Fado.

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