Se os livros da saga original tinham terminado, e o filmes também, eis que os fãs tiveram direito a uma nova trilogia do mundo da feitiçaria, com "Monstros Fantásticos & Onde Encontrá-los", uma prequela do mundo de Harry Potter como o conhecemos. E se isso cheira a pouco, J. K. Rowling subiu a fasquia ao criar a primeira peça de teatro da saga, "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", que se passa 19 anos após o término da história de Harry Potter que conhecemos dos livros e filmes da saga.

Dividida em duas partes, a estreia da peça teve lugar a 30 de julho de 2016, no Palace Theatre de Londres, tendo sido marcada pela adesão em massa dos admiradores da saga que levou ao esgotamento de todas as sessões a longo prazo. Por essa mesma razão, e respondendo de novo aos pedidos dos fãs, J. K. Rowling cedeu aos desejos dos apaixonados da saga, lançando ao público a versão impressa do texto original das peças, para que todos pudessem ter acesso à história do futuro de Harry Potter.

"Harry Potter and the Cursed Child - Parts I & II" foi lançado a 31 de julho de 2016, correspondendo à data de aniversário de Harry, bem como da própria J. K. Rowling, mas apenas na sua versão original em inglês.

Embora a adesão tenha sido significativa, com fãs a fazer fila junto à Livraria Lello, que acolheu o lançamento mundial do livro "Harry Potter and the Cursed Child - Parts I & II", e levando ao encerramento da Rua das Carmelitas, no Porto, muitos foram os que esperaram pelo lançamento da edição em português de "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada".

Assim sendo, não poderíamos faltar a mais um marco na história da saga, e estivemos presentes para assistir à seleção do Chapéu Selecionador, às aulas de Poções, Herbologia, História da Magia e Defesa Contra as Artes Negras na Fnac Colombo, em Lisboa. Perdão, em Hogwarts, obviamente.

A cerimónia foi organizada pelos Estudantes de Hogwarts de Lisboa, em colaboração com a Fnac Colombo, e toda a encenação valeu uma grande adesão por parte dos seguidores da saga. Varinhas, caldeirões, ou mesmo o diadema de Rowena Ravenclaw foram alguns dos adereços que embelezavam o espaço, com os seus organizadores completamente vestidos a rigor.

"O mundo do Harry Potter ficou vivo graças aos fãs, mas esta foi uma pausa muito importante. Os filmes saíam quase todos os anos, e isso tornou todo o franchising um bocado pesado. Agora que voltou, a nostalgia bateu em nós, e o bichinho está ainda mais vivo. Confesso que já li, e adorei, embora as opiniões estejam a divergir. É muito interessante ver os nossos heróis já crescidos e com os seus próprios filhos, especialmente quando comecei a seguir a saga apenas com 11 anos, mas não me quero alongar para não servir de spoiler", concluía António entre risos, um dos membros dos Estudantes de Hogwarts.

A festa começou às 20:00 para os estudantes de Hogwarts, e a cerimónia da seleção foi a mais badalada da noite. Com dezenas de candidatos à escola de magia, os gritos não foram contidos perante cada nova adesão para as Casas de Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw ou Hufflepuff. Distinguindo-se pelas suas personalidades, a distribuição foi uniforme entre as equipas dos honrados, dos matreiros, dos inteligentes e dos preguiçosos, respetivamente.

Conforme esperado, enquanto alguns se divertiam nas aulas de magia, outros esperavam desde as 21:00 na fila para garantirem o seu livro, numa entrada digna de postal e com direito à presença do revisor de bilhetes. "Eu estou cá por ele, pelo meu afilhado. Ele tem 9 anos, está quase a fazer os 10, mas adora tudo quanto é do Harry Potter. Ele fez-me trazer um livro porque dizia que se tivesse muito tempo à espera tinha de continuar a ler o Número 5 ("Harry Potter e a Ordem da Fénix"). Ele viu o "Harry Potter e a Pedra Filosofal", e desde ai começou a ler, e a ler... desde os 8 anos que é isto", confessava aquela que seria a primeira pessoa a adquirir uma cópia deste novo lançamento.

Escusado seja dizer que, chegadas as 12 badaladas, fez-se magia! O novo livro da saga Harry Potter surgiu perante os fãs que irradiavam felicidade pela possibilidade de dar continuação à história que ficou parada desde 2007, o ano da primeira publicação de "Harry Potter e os Talismãs da Morte", na sua versão original e em inglês.