Joana Brandão e João Perry venceram o prémio Autores 2017 de Melhor Atriz e Melhor Ator em Teatro, respectivamente por “Constelações” e “O Pai”, atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), entregues na cerimónia que decorreu quarta-feira à noite no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

A banda Capitão Fausto, o compositor Eurico Carrapatoso, a escritora Maria Teresa Horta, a artista plástica Lourdes Castro, o fotógrafo Alfredo Cunha e a equipa do programa Governo Sombra - Carlos Vaz Marques, Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia e João Miguel Tavares - foram outros distinguidos.

O prémio Autores 2017 de Melhor Tema de Música Popular foi atribuído a "Amanhã 'tou’ melhor", dos Capitão Fausto.

Na categoria de Melhor Trabalho de Música Erudita, o prémio foi para "Magnificat em talha dourada", de Eurico Carrapatoso, e, de Melhor Disco, para "Menina", de Cristina Branco.

Na Dança, o prémio de Melhor Coreografia foi para "Jaguar", de Marlene Monteiro Freitas (com Andreas Merk), uma coprodução que envolveu o festival Alkantara, os teatros Maria Matos, em Lisboa, Rivoli, no Porto, O Espaço do Tempo, em Montemor-o-novo, e várias instituições como Les Spectacles Vivants do Centre Pompidou, em Paris.

Na Literatura, "Anunciações", de Maria Teresa Horta, venceu o prémio de Melhor Livro de Poesia, enquanto na categoria de Melhor Livro de Ficção Narrativa, o prémio foi para "O Meças", de José Rentes de Carvalho.

O prémio Autores de Melhor Livro Infanto-Juvenil foi para "De umas coisas nascem outras", de João Pedro Mésseder, com ilustrações de Rachel Caiano.

Na área das Artes Visuais, "Os meus Álbuns de Família um a um", de Lourdes de Castro, recebeu o prémio de Melhor Exposição de Artes Plásticas.

O fotojornalista Alfredo Cunha foi distinguido na categoria de Melhor Trabalho de Fotografia, pela série "O tempo depois do tempo", título da retrospetiva que se encontra patente na Cordoaria Nacional.

No teatro, na categoria de Melhor Trabalho Cenográfico, o prémio foi atribuído a "A Tempestade", de Fernando Alvarez, sobre o texto de Shakespeare.

O prémio de Melhor Espetáculo foi para "Moçambique", de Jorge Andrade, enquanto o prémio de Melhor Texto Português Representado foi para "Se eu vivesse tu morrias", de Miguel Castro Caldas.

O vencedor na categoria Melhor Programa de Rádio foi "Governo Sombra", da TSF.

Na Televisão, o prémio de Melhor Programa de Informação foi atribuído a "Renegados", reportagem da jornalista Sofia Pinto Coelho, da SIC, sobre pessoas nascidas em Portugal, a quem foi negada ou retirada a cidadania, por causa da aplicação da lei da nacionalidade, que entrou em vigor em 1981.

O prémio de Melhor Programa de Ficção foi para "Terapia", da RTP1, e o de Melhor Programa de Entretenimento para "Literatura aqui", concebido por Teresa Paixão, para a RTP2.

O Prémio Autores 2017 de Melhor Programação Cultural Autárquica foi para a Câmara Municipal de Penafiel, que anualmente promove o festival Escritaria.

A Gala da SPA foi transmitida em direto pela RTP2 e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.

Na cerimónia foram homenageados os escritores Natália Correia, David Mourão-Ferreira e Vitorino Nemésio, os atores João Villaret e Raul Solnado, e o músico José Afonso, através da atuação de Júlio Pereira.

O Prémio Vida e Obra, que encerrou a cerimónia, foi entregue ao escritor António Lobo Antunes.

O júri do Prémio Autores 2017 foi composto por Jorge Leitão Ramos, Rui Tendinha e António Loja Neves (Cinema), Pedro Calapez, José de Guimarães e Inácio Ludgero (Artes Visuais), Fernando Alvim, João David Nunes e Paulo Sérgio (Rádio), Cláudia Galhós, Maria José Fazenda e Daniel Tércio (Dança), António Loja Neves, Ana Zanatti e Mário Figueiredo (Televisão), Manuel Frias Martins, Rita Pimenta e Luísa Mellid Franco (Literatura), Miguel Ângelo, Mafalda Arnauth e Rui Filipe (Música) e Helena Simões, Eugénia Vasques e Rui Monteiro (Teatro).