A cerimónia, marcada para as 16:00, nos Paços do Concelho, em Amarante, no Douro Litoral, além do distinguido, conta com a presença do presidente da câmara de Amarante, José Luís Gaspar, do presidente da APE, José Manuel Mendes, e do porta-voz do júri, o catedrático José Carlos Seabra Pereira, docente convidado no Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa, do Instituto Politécnico de Macau.

“Um júri constituído por Isabel Cristina Mateus, José Carlos Seabra Pereira e José Manuel Mendes decidiu, por unanimidade, atribuir o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE/C.M. de Amarante ao livro "A noite abre meus olhos", de José Tolentino Mendonça (Assírio & Alvim)”, segundo o comunicado divulgado pela APE, em novembro passado.

O júri, segundo a mesma fonte, destacou na obra de Tolentino Mendonça a “sua coerência interna e uma construção de linguagem fortemente visual, que se sente respirar rente ao coração do mundo”.

Na decisão, o júri salientou ainda “o mérito de uma poética discreta da espiritualidade atenta ao rosto e ao olhar do outro, resgatando-o do esquecimento e do desamparo, bem como as projeções de uma estética que, na aparente simplicidade, exprime o deslumbramento e os sobressaltos de uma evidência da liberdade do corpo, lugar de revelação da realidade sacra do quotidiano, em particular nas relações interpessoais”.

O Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes destina-se a galardoar, anualmente, uma obra em português e de um autor português, publicada integralmente e em primeira edição, obras completas de poesia ou antologias poéticas de autor.

Ao prémio, patrocinado pela câmara de Amarante, concorreram obras publicadas em 2014, “a título excecional”, e em 2015.

O escritor venceu em maio a primeira edição do Grande Prémio de Literatura APE/Câmara Municipal de Loulé - Crónica e Dispersos Literários, pelo livro "Que coisas são as nuvens", que reúne textos do autor, publicados no semanário Expresso.

José Tolentino Mendonça, nascido há 50 anos na ilha da Madeira, é sacerdote, poeta e professor universitário.

Em novembro do ano passado, foi o primeiro português a receber o prémio literário Res Magnae, pelo ensaio "A mística do instante - o tempo e a promessa".

Atualmente é vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa e diretor do Centro de Estudos de Religiões e Culturas, e consultor do Pontifício Conselho para a Cultura, na Santa Sé.