O Ministério Público francês abriu, esta quinta-feira, uma investigação preliminar a respeito de uma queixa apresentada pelos três filhos de Alain Delon, acusando a cuidadora do ator de assédio moral. No ano de 2021, Delon havia apresentado a mulher, Hiromi Rollin, como a sua "companheira".

A investigação está sendo conduzida por uma unidade policial em Montargis, onde o ator de 87 anos, já reformado, reside.

Por um lado, os filhos (Anthony, Anouchka e Alain-Fabien) acusam a mulher de "assédio moral, desvio de correspondência e maus-tratos a animais", segundo o procurador Jean-Cédric Gaux.

De acordo com os queixosos, a mulher do lendário ator tem uma "atitude degradante e agressiva" em relação ao seu pai, "retém correspondência e mensagens telefónicas e teria agredido o cachorro de Alain Delon".

O comunicado afirma que o próprio Alain Delon está envolvido na queixa, juntando-se aos filhos numa declaração por escrito.

Outra queixa foi apresentada pelo filho mais velho de Delon, Anthony, numa esquadra em Paris pelos mesmos factos.

"Desde o acidente cardiovascular do senhor Alain Delon em 2019", esta mulher "que se instalou na sua casa se tem mostrado cada vez mais agressiva, degradante e insultuosa em relação a ele e aos seus filhos", destacou o advogado dos filhos do ator em comunicado, Christophe Ayela.

A acusada, Hiromi Rollin, de cerca de 60 anos, ainda não prestou declarações.

Rollin trabalhou como assistente de direção em diversos filmes das décadas de 80 e 90, nos quais Alain Delon foi protagonista, como "O Regresso de Casanova".

Em setembro de 2021, ela acompanhou-o ao funeral do ator Jean-Paul Belmondo.

No mesmo ano, Delon apresentoua num documentário televisivo como a sua "companheira japonesa".

Ícone do cinema francês, Alain Delon recebeu em maio de 2019 a Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes pela sua carreira.