Manuela Maria, de 81 anos, vai alternar o papel com Eunice Muñoz, de 88 anos, que, na passada segunda-feira, em declarações aos jornalistas, disse não saber ainda quando subirá ao palco do Politeama, mas prometeu “dentro de pouco tempo, poder estrear esta peça”.

Ruy de Carvalho alterna o desempenho com João d’Ávila, sendo o restante elenco constituído por Carlos Paulo, Maria João Abreu, Hugo Rendas, Ricardo Castro, Paula Fonseca, Rosa Areia, João Duarte Costa, Patrícia Resende, e as crianças João Sá Coelho, Pedro Goulão e Francisco Magalhães.

“A peça, embora seja compreensível e tangencial a todo o público, [tem] uma grande profundidade e estrutura, porque, de facto, o Casona devia ser um grande encenador, pois sabe todos os cordelinhos, toda a técnica do teatro, e o público vibra, pois tanto é dramático, como é cómico, como tem todo o ‘suspense’ que uma peça de teatro deve ter”, afirmou Filipe La Féria.

O encenador realçou ainda o facto de “as personagens serem muito bem construídas”, e profetizou que “vão sempre apaixonar gerações e gerações de atores, como as [personagens de] Tennessee Williams". "São feitas com uma estrutura tão forte, que os atores vão sempre apaixonar-se por este autor [Alejandro Casona]”.

Referindo-se ao dramaturgo espanhol Alejandro Casona (1903-1965), La Féria afirmou que era “um filósofo, com um teatro poético tal como [Federico García] Lorca, e com uma grande influência de [Luigi] Pirandello”, fazendo “um teatro dentro do teatro”.