"É com profunda dor que comunicamos que o lendário poeta, compositor e artista Leonard Cohen faleceu. Perdemos um dos mais reverenciados e prolíficos visionários da música", diz o comunicado publicado no Facebook.

Nas redes sociais, várias celebridades têm recordado Leonard Cohen com um "visionário" com uma "voz única".

Na sua conta no Twitter, Justin Timberlake lembrou que o músico tinha "um espírito e uma alma acima de qualquer comparação".

Já o ator Kiefer Sutherland realçou o brilhantismo do artista.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeu,  frisou na sua conta no Twitter que "a música de nenhum outro artista soou ou fez-se sentir". "Canadá e o mundo sentirão a sua falta", acrescentou.

"Leonard Cohen foi um músico sem igual, cuja obra assombrosa e original alcançou gerações de fãs e artistas", frisou a editora Sony Music.

Muitas vezes, Leonard Cohen foi comparado a Bob Dylan pela profundidade das suas letras. "O seu extraordinário talento teve um impacto profundo em um número incalculável de cantores e compositores, e sobre a cultura em geral", afirmou a Academia dos Grammys, que atribuiu em 2010 um prémio especial a Cohen.

O australiano Russel Crowe relembrou ainda as "noites calmas, a refleção, a perspectiva, o sorriso irónico e a verdade" de Cohen.

"E quando a semana não podia ficar pior... Obrigado, Leonard Cohen, por todas as coisas", escreveu a cantora Lilly Allen no seu perfil no Twitter.

Jennifer Hudson também usou as suas redes sociais para lamentar a morte de Cohen. "Obrigado pela sua dedicação à música e por ter escrito uma das minhas canções favoritas, 'Hallelujah'", frisou.

Recorrendo apenas a uma emoji, Alanis Morissette também lamentou a morte de Cohen nas redes sociais.

Os One Republic recordaram o artista canadiano como um dos "maiores escritores de canções" de todos os tempos.

A banda feminista Pussy Riot também comentou a notícia da morte do artista no Twitter.

Adam Cohen, filho e produtor do músico, contou que o pai "morreu tranquilamente em casa, em Los Angeles" com o sentimento que tinha "terminado um dos seus maiores trabalhos". "Ele escreveu até aos seus últimos momentos", frisou.

O presidente de Montreal, cidade natal de Cohen, Denis Coderre, anunciou luto oficial no município. Segundo a AFP, os fãs rapidamente se juntaram na casa do artista, no centro do distrito de Plateau Mont Royal, onde acenderam velas e cantaram algumas das suas músicas.

Há muito pouco tempo, a 21 de outubro, tinha sido lançado o seu 14º álbum, "You Want It Darker" , descrito pela editora discográfica Sony Columbia Records como uma "uma obra-prima” e “o último capítulo da grande contribuição de Leonard para a música contemporânea”, acrescentou a Sony Columbia.

Pouco antes, em entrevista, confessara que ainda tinha canções inacabadas.

"Não sei se as irei conseguir terminar. Talvez, quem sabe? Talvez consiga um segundo fôlego", disse o músico, acrescentando que  não vai perder tempo com "qualquer tipo de estratégia espiritual".

"Tenho trabalho a fazer. Estou pronto para morrer, espero que não seja desconfortável", desabafou então ao jornal norte-americano.