Ferreira Gullar, poeta, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo, escritor de memórias e tradutor, que recebeu o Prémio Camões em 2010, morreu no domingo no Rio de Janeiro, aos 86 anos, de pneumonia.

"Manifesto o meu pesar pelo falecimento de um dos grandes poetas de língua portuguesa, o brasileiro José Ribamar Ferreira, conhecido como Ferreira Gullar", afirma Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota divulgada na página da Internet da Presidência da República.

O chefe de Estado português refere que Ferreira Gullar nasceu "em São Luís, estado do Maranhão, neto de um português", e que "foi igualmente artista plástico, crítico de artes, dramaturgo, ensaísta".

"Autor de uma obra poética publicada entre 1949 e 2010, distinguiu-se pela diversidade e a exigência", acrescenta.

Nesta nota, é feito um resumo da obra de Ferreira Gullar, que é apontado como "expoente do neo-concretismo", que se tornou "poeta da resistência" e "manteve durante décadas uma ‘luta corporal’ (título de um livro de 1950) com a linguagem poética, testando-a nos seus limites".

O Presidente da República considera que "o Prémio Camões, em 2010, reconheceu o lugar que já era seu na literatura em português".