A mostra apresenta uma retrospetiva da vida e obra da atriz, com fotografias do princípio do TEC e com imagens das personagens, “rostos” e figurinos que vestiram Maria do Céu Guerra.

Serão ainda exibidas fotos tanto dos espetáculos que subiram ao palco como dos que a censura não permitiu que se estreassem, segundo o TEC.

A mostra, a inaugurar no Espaço Memória – Teatro Experimental de Cascais, traça o percurso da carreira de Maria do Céu Guerra, iniciada em 1963, na Casa da Comédia, na peça “Deseja-se mulher”, de Almada Negreiros, com direção de Fernando Amado.

Dois anos depois de se estrear, Maria do Céu Guerra ingressou no TEC, do qual foi uma das fundadoras, ao lado de atores como Zita Duarte, João Vasco, Santos Manuel, Cármen Gonzalez, António Rama e Manuel Cavaco.

Neste grupo pontuavam também os pintores Luís Pinto-Coelho e Francisco Relógio, bem como o já consagrado músico Carlos Paredes.

“Esopaida ou a vida de Esopo”, de António José da Silva (O Judeu), encenada por Carlos Avilez, foi a peça de estreia da atriz neste teatro de Cascais.

Após a saída do TEC, Maria do Céu Guerra, nome incontornável do teatro em Portugal, iniciou o movimento cultural que viria a tornar-se no que é hoje o grupo A Barraca.

Atriz multifacetada, Maria do Céu Guerra fez incursões na revista, na comédia, no cinema, e na poesia. Tem ainda participado em séries e em telenovelas portuguesas.

Em 2013, venceu o Globo d´Ouro e o prémio Sophia para melhor atriz de cinema pelo desempenho no filme “Os gatos não têm vertigens”, realizado por António-Pedro Vasconcelos.

Em agosto de 1985 foi agraciada com o título de Dama da Ordem Militar de Santiago da Espada e, em junho, de 1994, comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.

Maria do Céu Guerra é homenageada pelo TEC no dia em que completa 74 anos.

Também no dia 26, o TEC repõe as mostras “Rei Lear” e “50 anos de cenários e figurinos no TEC”.