"Mais do que nunca, o cartaz, em grande parte, também é feito por via da auscultação da opinião do público e eu penso que cada vez mais o caminho será esse", salientou esta sexta-feira o autarca da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, na apresentação do cartaz.

Pelo palco principal das Festas da Praia passam também, este ano, António Zambujo, Virgul, Piruka e Saul, bem como os músicos regionais Maria Bettencourt, Myrica Faya, Pó de Palco e Sonic Underground Experience.

O cartaz integra também os DJ Sigma (Reino Unido), Stadiumx (Hungria), Daddy's Groove (Itália), Sebastian Hooft (Holanda), Kaylova (Singapura), Blend (Estados Unidos), Karetus, Ninja Kore e Souza, entre outros.

O orçamento do recinto de espetáculos é de 310 mil euros, igual ao do ano passado, sendo que a autarquia comparticipa 50 mil euros e o restante é suportado pela venda de ingressos e por patrocínios.

Este ano, a autarquia decidiu concessionar os bares do recinto a um só concorrente, que assegurou a animação musical de três dos nove dias de espetáculos, que têm entrada gratuita.

Os restantes dias têm um custo diário de 15 euros, exceto o dia do concerto de Paula Fernandes, que custa 20 euros, enquanto o ingresso geral tem um preço de 30 euros, aumentando para 35 a partir da semana anterior às festas.

Segundo Roberto Monteiro, dependendo da avaliação da conceção, a autarquia poderá alargar a participação dos privados em próximas edições, reduzindo a sua comparticipação, mas sem deixar de ter uma palavra na escolha do cartaz.

"A conceção total deve ser a visão limite, mas nunca não regulada pela parte pública, porque aí caímos no risco de ir para a questão ‘populuxa' e a componente qualitativa ser completamente banalizada", salientou.

No ano passado, a autarquia decidiu apostar num cartaz com nomes mais alternativos, o que segundo Roberto Monteiro pretendia destacar as Festas da Praia das restantes festas concelhias dos Açores.

Este ano, apesar do regresso aos nomes mais conhecidos do grande público, o autarca sublinhou que as festas concelhias mantêm o nível de qualidade musical, conseguindo competir com outros cartazes nos Açores.

"Não se pode cair num modelo de partir para aquilo que meramente é populuxo em detrimento da qualidade musical e não é isso, nem de longe, nem de perto, que nós estamos a fazer. Agora, não podemos ter mais de 50% do cartaz do mesmo tipo. Isto não se revelou bem-sucedido", explicou.

Durante 10 dias, as Festas da Praia incluem ainda espetáculos musicais gratuitos, cortejos, touradas, artesanato, gastronomia e atividades desportivas, entre outras.

O orçamento global é de 680 mil euros, com uma comparticipação de cerca de 250 mil euros da câmara municipal.