“Temos vivido como que um renascimento nestes últimos três anos”, considerou à Lusa o programador, que explicou que a festa inclui “um apanhado destes três anos e também dos últimos 16”, incluindo concertos como os de HHY & The Macumbas, pelas 22:30.

Luís Salgado explicou que a escolha da banda se prendeu com “a ligação aos músicos como artistas plásticos e de ‘media’ digitais, tendo já exposto várias vezes no espaço”, como forma de “fazer a ligação entre a parte de espetáculos e a parte artística do Maus Hábitos”.

A programação, que arranca pelas 14:00 e só termina depois das 05:00 de domingo, inclui ainda uma série de DJ ‘sets’, a partir da meia-noite, com nomes habituais no espaço como BENT, Nitronious ou Shuggah Lickurs, entre outros.

Durante a tarde, destaque para a música na esplanada do Coletivo Cayon Levage!, no âmbito do ciclo Yucca Calling, programa regular durante o verão, bem como uma feira de publicações e o lançamento, pelas 18:30, da publicação final dos artistas integrados nos projetos de residência artística Ao Monte e Apneia, através da Saco Azul Associação Cultural.

Esta “comemoração ‘nonstop’, como é habitual” chega num ponto em que o espaço portuense pretende potenciar o crescimento da componente cultural, uma vez que “o espaço físico não permite um crescimento muito maior”.

“A ideia é sempre ir melhorando. Queremos ter mais artistas cá, por exemplo através das residências, que são muito ativas nas artes plásticas e que quero que tenham também essa atividade no lado da música, à semelhança da Galeria Zé Dos Bois ou do GNRation”, exemplificou Luís Salgado, que espera que o “sítio de experimentação e mostra dos valores emergentes” da música nacional e internacional tenha agora um investimento maior nos últimos.

Os convites a nomes internacionais para atuar naquela que apelida de “uma das melhores salas de concertos do Porto dentro desta lotação” devem aumentar nos próximos anos, revelou, para trazer o balanço entre portugueses e estrangeiros para “valores perto do 50/50”, e quanto às exposições, o Maus Hábitos pretende apostar mais “nas artes digitais”.

O crescimento do espaço cultural também poderá passar, contou o programador, por “fazer coisas exteriores ao Maus Hábitos, com produções próprias a aproveitar a cidade do Porto e outros pontos do país”.

“As Noites Supernova vão ter uma digressão pelo país, por isso o crescimento pode passar por aí. Porque não levar o Maus Hábitos a Lisboa, a Évora e a outros sítios, e mesmo na própria cidade? O que não nos falta são ideias e vontade”, resumiu.

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