Em declarações à agência Lusa, o músico disse que vai apresentar, na capital inglesa, o seu “concerto normal” para “um público que é português, pois há muitos portugueses a morarem em Londres, mais que em muitas cidades portuguesas”.

“Vou lá dar o meu concerto normal, que dou aqui também, nem sei se é uma internacionalização, pois o meu público é português; o que há é muitos portugueses a morarem em Londres”, disse, recordando a sua estreia na capital britânica, no ano passado, quando atuou para 300 pessoas na sala Under the Bridge, que esgotou, e o obrigou, passado meia hora, a voltar a atuar.

Miguel Araújo realçou que, em termos melódicos, a sua música “é muito mais anglo-saxónica, e isso eles têm lá, não precisam de importar”, mas gosta de ir a Londres e passear por locais que estão ligados a alguns dos músicos que o influenciaram, como Elton John ou Paul McCartney, entre outros.

“A história da música que eu gosto ainda vive naquelas ruas” de Londres, afirmou, reconhecendo que a atuação no Barbican Centre pode chamar a atenção de outros públicos de Língua Portuguesa.

“A minha música tem como potencial público as pessoas que falam português, ou que entendam o português. Mais do que isso, acho que não”, disse, referindo que fado e folclore, géneros “de cariz genuinamente português”, interessam a um público mais vasto.

Na capital britânica, Miguel Araújo irá atuar em septeto, com Joana Almeirante (guitarra e voz), Pedro Santos (baixo), Diogo Santos (teclas e voz), Sofia Gomes (violoncelo), João Martins (clarinete) e Mário Costa (bateria).

Depois de Londres, Miguel Araújo tem agendado um concerto no Coliseu do Porto, no dia 04 de novembro, e outro no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no dia 11, dois espetáculos onde conta “reunir vários amigos", com quem tem "partilhado palcos" e para quem tem composto, como Ana Moura, Ana Bacalhau, Carminho e António Zambujo.

No Coliseu dos Recreios, é uma estreia a solo; no do Porto, Miguel Araújo atuou a solo pela primeira vez em 2014, tendo a sala esgotado, e só por falta de agenda não fez um segundo espetáculos.