Amarante é até domingo, 23 de julho, o palco do Festival MIMO. O primeiro dia arrancou com música, cinema, fóruns de ideias, atividades educativas e poesia, destacando-se os concertos dos Tinariwen, banda de guitarras formada no final dos anos 1970 e vencedora de um Grammy em 2012, e dos Nação Zumbi, que fecharam a noite.

Ao contrário dos grandes festivais de verão, no MIMO não há correrias até à primeira fila, nem se perde tempo na caça aos brindes. No festival, que nasceu no Brasil e "alugou" casa em Amarante, a tranquilidade reina e está em plena harmonia com a natureza.

No MIMO, entre os concertos, não há a habitual corrida aos stands das grandes marcas. Mas há passeios nas margens do Rio Tâmega, pequenas viagens de barco e visitas aos monumentos, muitos deles palcos do festival.

Começando pelo Museu Amadeo de Souza-Cardoso e acabando no Parque Ribeirinho, com passagens pela Igreja de São Gonçalo e pelo Cinema Teixeira de Pascoaes, há música e atividades em todos os cantos - com os vários palcos espalhados pelo centro da cidade, o partir à descoberta dos recantos de Amarante torna-se obrigatório.

Veja na galeria algumas imagens do MIMO:

Tal como acontece em outros eventos, os festivaleiros chegam de todos os cantos do mundo e trazem consigo a multiculturalidade a Amarante - há hippies a passear o cão pela cidade; há 'tasquinhas' orientais; há espanhóis e franceses; e há músicas do mundo um pouco por todo o lado. E tudo isto convive em harmonia com a cidade e com os habitantes locais.

As margens do rio também estão cheias de tendas de aventureiros que escolheram o MIMO Festival como "casa de férias". Antes do festival começar a animar, os campistas passeiam pelas margens do Tâmega, cantam e partilham as histórias que trazem na bagagem - o festival é muito mais do que as atividades presentes no programa, é um encontro de partilhas.

Esta é a segunda edição do MIMO em Amarante e é difícil não ficar apaixonado na primeira visita. Durante três dias, a cidade é o palco de um encontro de músicas do mundo, onde os problemas da atualidade parecem ficar de fora. Vale a pena ir, visitar e descobrir.