Nascido na Grécia, mas a viver em Roma desde os 20 anos, Kounellis é considerado um dos fundadores desta corrente artística italiana que contestou a hegemonia americana dos anos 1960, nomeadamente a ´pop art´.

Convidado a participar em grandes exposições em todo o mundo, Jannis Kounellis era conhecido por ser um artista radical, que marcou sobretudo o final dessa década, tendo exposto, em 1969, 12 cavalos vivos numa galeria romana.

No seu trabalho, usava sobretudo placas metálicas manipuladas com o fogo e também lã virgem, placas que se incendiavam, objetos do quotidiano ou animais vivos.

Em março do ano passado apresentou antigas e novas obras nos salões da Monnaie de Paris: "Trabalho com aquilo que encontro", disse, na altura, acrescentando que se apresentava "com as mãos vazias, como um velho pintor".

A expressão Arte Povera foi inventada pelo crítico de arte Germano Celant, que se inspirou no chamado "teatro pobre" do criador polaco Jerzy Grotowski.

Entre outros artistas que aderiram a esta corrente artística estão Mario Merz, Giuseppe Penone, Michelangelo Pistoletto ou Giulio Paolini.

No ano passado, obras de Kounellis foram incluídas numa exposição da galeria do Centro Português de Serigrafia no Centro Cultural de Belém, em Lisboa

A mostra, intitulada “High Level”, reunia também obras de outros criadores do século XX, como Jörg Immendorff, Markus Lüpertz, Jannis Kounellis, Arnulf Rainer, Ilya Kabakov e Jan Voss.