“Atriz versátil, rosto familiar a todos os portugueses, foi presença ativíssima nos tempos heroicos do teatro filmado, na RTP”, escreveu o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de acordo com a mensagem publicada na página da Presidência, na qual apresenta as condolências à família da atriz.

Recordando a participação de Fernanda Borsatti, ao longo de décadas, em trabalhos televisivos diversificados, bem como no teatro, onde passou “por boa parte das companhias teatrais marcantes”, o Presidente da República considerou que a “sua personalidade artística empática, afirmativa, efervescente, fica na (…) memória”.

A atriz portuguesa Fernanda Borsatti morreu hoje de manhã, aos 86 anos, no Hospital da CUF, vítima de doença prolongada, revelou a Casa do Artista.

O corpo da atriz vai estar em câmara ardente na Igreja São João de Deus, em Lisboa, a partir das 17:00 de sexta-feira, e o funeral realiza-se no sábado.

A missa de corpo presente realiza-se na Igreja São João de Deus, junto à Praça de Londres, pelas 10:00, e o funeral segue depois, às 12:00, para o Cemitério dos Olivais.

Nascida em Évora, a 01 de setembro de 1931, Fernanda Borsatti interpretou os mais diversos géneros teatrais, desde revista a comédia, passando pelas peças dramáticas.

Ao longo da sua carreira artística, passou por mais de dez companhias de teatro, entre as quais o Teatro Maria Vitória, a Companhia Laura Alves, a Companhia Raul Solnado, o Teatro Maria Matos e a Casa da Comédia.

A atriz integrou o elenco do Teatro Nacional D. Maria II entre 1978 e 2001 e trabalhou com realizadores como Henrique Campos ou José Fonseca e Costa.

No Teatro D. Maria II participou nas peças “O Bicho”, “O Tempo Feminino”, “O Fidalgo Aprendiz” (com Ruy de Carvalho), “Passa por mim no Rossio”, “As Fúrias”, “O Crime da Aldeia Velha” e “Não Digas Nada”, entre outras.

Entre as longas-metragens que integrou para o cinema, contam-se “Sangue Toureiro”, “Pão, Amor...e Totobola”, “Domingo à Tarde”, “O Diabo era Outro”, “O Ladrão de quem se fala”, “A mulher do próximo”, “O Querido Lilás” e “A Corte do Norte”.

Na televisão integrou séries, sitcoms e telenovelas, como “A vida privada de Salazar”, “Doce Fugitiva”, “Inspetor Max”, “Residencial Tejo”, “Lá em casa tudo bem”, “Gente fina é outra coisa”, “Eu show Nico” ou “A Dama das Camélias”.

Em 2007, Fernanda Borsatti recebeu a Medalha de Mérito Municipal, no seu Grau Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa.