De acordo com o sítio online do jornal britânico The Guardian, a mesma fonte indicou que o artista, nascido em Nuremberga, na Alemanha, filho de pais judeus de origem polaca, morreu na quarta-feira em casa, em Londres.

Gustav Metzger estudou em Cambridge e em Oxford, no Reino Unido, e no final dos anos 1950 esteve profundamente envolvido nos movimentos anticapitalistas e anticonsumistas, bem como na campanha contra o desarmamento nuclear mundial.

Em 2004, quando a Tate Britain apresentou a primeira exposição pública de arte autodestrutiva, que incluía um saco de lixo, um funcionário da limpeza deitou-o fora e o artista declarou depois que a peça estava destruída.

O ativismo político levou-o a criar, em 1959, um manifesto que descreveu como "uma arma política subversiva desesperada (...) um ataque ao sistema capitalista (...) “um ataque aos comerciantes de arte e colecionadores que manipulam a arte para o lucro".

Em 1926, Metzger e o irmão foram enviados para o Reino Unido, tal como milhares de crianças que ficaram órfãs durante a II Guerra Mundial, na Alemanha.

A vivência na Alemanha, durante o Holocausto, quando os pais e a família mais direta foram assassinados, marcou fortemente a infância do artista: "Quando vi os nazis a marchar, eu vi pessoas que pareciam máquinas e o poder do Estado. A arte autodestrutiva tem a ver com a rejeição do poder", disse.

Atualmente, a Tate Modern, em Londres, tem em exposição a obra "Liquid Crystal Environment", da sua autoria.