Les Bouffes Parisiens, Mogador, Comédie de Paris, Folies Bergère, mas também Raspoutine e Shéhérazade: Hélène Martini reinou sobre 17 cabarés e salas de espetáculos que integraram o seu império. Com uma vida rocambolesca, dirigiu esses recantos para os noctívagos parisienses.

Nascida na Polónia, era filha de pai francês e mãe russa e emigrou para Paris após as ocupações alemã e soviética durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1945, começou como modelo no Folies Bergère, mas não por muito tempo, uma vez que ganhou 3 milhões de francos da época na lotaria e deixou de trabalhar, passando a dedicar-se à compra de roupas caras e livros.

Foi numa livraria do Quartier Latin que conheceu Nachat Martini, advogado e homem de negócios sírio, que havia sido obrigado a fugir do seu país em 1947. Casados em 1955, decidem comprar cabarés em Pigalle, um bairro do norte parisiense.

Depois da morte do marido, em 1960, no seguimento de uma crise cardíaca, Hélène Martini ampliou e consolidou o seu império, comprando teatros parisienses e cabarés.

Com o passar dos anos, foi-se desfazendo de quase tudo, até vender o Folies Bergère em 2011, após 37 anos de reinado, considerando que havia "trabalhado o suficiente".

Dedicou-se, então, a levar uma vida tranquila entre o seu castelo de Servon, na região parisiense, e o seu apartamento na rua Pigalle, onde morreu no sábado, segundo anunciou o seu advogado, Hervé Catteau.

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