Carlos Santos morreu no hospital de Faro na noite deste domingo. A agência que representava o ator Carlos Santos confirmou o falecimento e divulgou a causa da sua morte: "Pós Operatório Traumático na sequência de uma intervenção cirúrgica na coluna cervical", pode ler-se no post publicado pela HIT Management.

O mesmo post indica que o ator "vivia maritalmente com a atriz Amélia Videira" e os dois iriam casar-se este mês.

Dois dos papéis mais recentes do ator foram nas séries da RTP "Bem-Vindos a Beirais" e "Terapia". Carlos Santos participa também no filme "A Mãe é que Sabe", com estreia marcada nos cinemas para 8 de dezembro.

O corpo do ator estará em câmara ardente na Basílica da Estrela a partir das 17 horas desta terça-feira. O funeral realizar-se-á na quarta-feira às 16h no cemitério do Alto de São João, onde o corpo do ator será cremado.

O ator, com uma carreira de 53 anos, estreou-se em 1963 e ficou conhecido do público por várias participações em novelas como "A Banqueira do Povo", "Louco Amor" ou "Podia Acabar o Mundo", entre muitas outras.

No cinema também teve várias participações em filmes como "Tarde Demais", de José Nascimento, "A Selva" ou "Zona J".

O desempenho no filme "Operação Outono", sobre os últimos dias do general Humberto Delgado, valeu a Carlos Santos o prémio de melhor ator de cinema da Sociedade Portuguesa de Autores e o prémio Sophia para melhor ator, da Academia Portuguesa de Cinema, em 2013.

Quando da entrega do prémio de melhor ator, da SPA, a Carlos Santos, este recordou que completava então (2013) 50 anos de carreira profissional, "em teatro, rádio, cinema e televisão", e 65 anos desde que pisara pela primeira vez um palco, no 'seu' Liceu Gil Vicente, em Lisboa, tendo trocado o curso de Medicina, pelo trabalho de ator.

Carlos Santos, na altura, destacou ainda a importância da memória, e do filme de Bruno de Almeida, ao falar de Humberto Delgado, o candidato da oposição à ditadura, em 1958, e do seu assassinato; a importância de haver um filme a falar da PIDE, "daqueles torcionários e daquele julgamento horroroso, feito nos anos 1980, em que todos os pides foram ilibados".

"E é este o caminho - prosseguiu o ator nas suas declarações -, o caminho em que temos vindo a regredir após o 25 de Abril, aliás, após o 25 de novembro".

Carlos Santos, que se estreou com José Viana no Teatro de Revista ("uma homenagem que tarda", disse o ator) somou, nos últimos anos, participações em “Bem-vindos a Beirais”, “Vidas de sal”, “O bairro da fonte”, “Uma família açoriana”, “O teu olhar”, “Quando os lobos uivam”, “A viúva do enforcado”.

“O julgamento”, “A capital”, “O amor desceu em paraquedas”, “Tudo isto é fado”, “Olhó passarinho”, “A banqueira do povo”, “A selva” e “Tarde demais” foram outros trabalhos em que Carlos Alberto participou como ator.

Carlos Santos trabalhou com Luís Filipe Rocha, António de Macedo, Joaquim Leitão, José Fonseca e Costa e Leonel Vieira.

Também fez parte do elenco do derradeiro filme de Fernando Lopes, “Em Câmara Lenta”.

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