Segundo os media austríacos, Botha, que integrava a Ópera nacional, morreu em Viena, onde residia com a sua mulher e os seus dois filhos, e padecia de uma “grave doença”, não especificada.

Natural da África do Sul, o cantor desfilou nos mais importantes palcos líricos, da Scala de Milão ao Metropolitan Opera de Nova Iorque e à Royal Opera House de Londres.

Atuou nos palcos do mundo todo e participou de produções como "Fidélio", "Tannhäuser", "Turandot" e "Aida".

Já em 2016, Botha foi forçado a cancelar várias apresentações devido a problemas de saúde, incluindo no Festival de Páscoa de Salzburgo. Em junho, retornou aos palcos com uma montagem da “Valquíria”, ópera de Richard Wagner, após sete meses de ausência para tratamento.

“Johan Botha era um dos raros tenores de alto nível (…) e até recentemente um dos nossos melhores cantores”, declarou o diretor da Ópera de Viena, Dominique Meyer.

“Teve uma carreira internacional brilhante que o conduziu aos principais teatros do mundo”, recordou a ópera da Scala.

“Botha era um dos nossos mais completos e talentosos cantores de ópera e um bom embaixador da África do Sul no mundo”, sublinhou em comunicado o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, ao elogiar a sua voz “tranquila e poderosa”.

Botha tinha previsto regressar à Ópera de Viena ainda neste mês interpretando Radamés na ópera “Aida”, de Giuseppe Verdi.