O compositor, musicólogo, organista e cravista Luigi Ferdinando Tagliavini, de 87 anos, morreu hoje, em Bolonha, sua cidade natal, disse à agência Lusa o organista João Vaz, que tocou com músico italiano um concerto-conferência em Mafra, em 2010.

Ferdinando Tagliavini estudou com Riccardo Nielswen, no Conservatório de Bolonha, e com Marcel Dupré, no de Paris, doutourou-se pela Universidade de Pádua, em 1951, com uma dissertação sobre as cantataas sacras de Johann Sebastian Bach.

Tagliavini foi professor de órgão no Conservatório Mmontverdi em Bolzano, Itália, e posteriormente de História da Música, na Universidade de Parma, também em Itália, e na da Friburgo, na Suíça, onde dirigiu o respetivo Instituto de Musicologia.

Era organista titular, com, Liuwe Tamminga, do órgão da Basílica de São Petrónio, em Bolonha, e fundou, com Renato Lunelli, a rivista L'Organo.

A par dos recitais, como o que realizou no Festival de Órgão de Lisboa, em 2007, e de várias publicações na área da musicologia, era membro da Academia Nacional de Santa Cecília, em Itália, e, como compositor, assinou, entre outras, a peça “Passacaglia su un tema di Hindemith” (1953).

Dos seus ensaios na área da musicologia cite-se "Studi sui testi delle cantate sacre di J. S. Bach" (1956), "Note introduttive alla storia del temperamento in Italia" (1980) e "J. S. Bach Musik in Italien im 18. und 19" (1983).

Da sua curta discografia - cinco discos -, o mais recente, "L'organo Gaetano Callido", data de 2004.

Em 2011 recebeu o doutoramento "Honoris Causa" pelo Pontifício Instituto de Música Sacra, de Roma, tendo já recebido igual distinção, em 1996, pela Universidade de Estrasburgo, e o título honorífico "Fellow of The Royal College of Organists", de Londres, nesse mesmo ano.

O músico foi galardoado com os prémios Antonio Vivaldi e Massimo Mila.

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