A mostra Coimbra BD, que se realiza na Casa Municipal da Cultura, vai contar com oficinas de desenho, tertúlias com pessoas da área, exposições, sessões de autógrafos com autores, jogos de tabuleiro, curtas-metragens e um desfile de ‘cosplayers' (pessoas que se vestem e fantasiam de personagens ficcionais).

"O desafio está a tornar-se tradição", comentou o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, durante a apresentação da Coimbra BD, considerando que o município decidiu fazer um investimento de 6.000 euros para garantir que a edição de 2017 "seja melhor do que a do ano passado".

Aquilo que começou por "uma coisa de teste" pretende agora ganhar escala, afirmou, mostrando-se satisfeito com os "resultados obtidos" em 2016, numa edição que terá contado com 4.000 participantes.

Para este ano, procurou "profissionalizar-se mais as coisas", explanou Miguel Lameiras, da livraria especializada em BD Dr. Kartoon (um dos membros da organização).

De acordo com este responsável, este ano há "mais autores, mais exposições" e também uma aposta maior em apresentar alguns artistas de fora de Coimbra.

Em 2016 "apostou-se muito na prata da casa, visto que não era preciso pagar deslocações e alojamento", referiu, sublinhando ainda a melhoria da programação de cinema - vertente que os participantes em 2016 "menos gostaram".

Sobre a possibilidade de, no futuro, a Câmara investir mais neste evento, Miguel Lameiras admitiu que "dava jeito".

A Coimbra BD vai contar com uma oficina de banda desenhada por André Caetano, na quinta-feira, e, no dia seguinte, há ainda uma sessão dedicada a curtas-metragens com autores portugueses de banda desenhada e ilustração, onde irão ser exibidas obras de artistas como André Carrilho, Fernando Relvas ou João Fazenda e João Paulo Cotrim.

No sábado, haverá novamente cinema de animação e uma oficina de Ana Oliveira sobre livros ‘pop-up’.

Nesse mesmo dia, há uma tertúlia com os autores Jorge Coelho e Miguel Mendonça, que trabalham para a Marvel e para a DC Comics, respetivamente.

O terceiro dia termina com uma performance de Andrea Inocêncio inspirada em BD e com uma sessão da Videolab, com uma seleção de vários vídeos em torno do mundo da banda desenhada.

A mostra vai ser também o palco escolhido por algumas editoras para apresentarem os seus programas editoriais para o ano, como é o caso da Kingpin Books, G Floy ou Levoir.

Na Casa da Cultura, estarão também várias exposições dedicadas à banda desenhada, como é o caso de uma dedicada a artistas portugueses no mercado americano e outra do brasileiro André Diniz intitulada "Entre a Reportagem e a Literatura Desenhada".

Todos os eventos são gratuitos, mas alguns exigem inscrição prévia.