Segundo a agência de notícias espanhola Efe, que assistiu à sessão, o próprio Marcelo Rebelo de Sousa escolheu ficar de pé, com as mãos um pouco levantadas, “como se estivesse a gesticular”.

É uma posição “quase de papa”, gracejou Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto decorria a sessão fotográfica, segundo o repórter espanhol.

Com paciência e sem deixar de mexer as “mãos de pianista”, como disse, o Presidente da República posou nos jardins do Palácio de Belém, enquanto respondia às perguntas dos artistas do Museu de Cera de Madrid, que pretendem imortalizar, da forma mais fidedigna possível, o chefe de Estado português.

“Qual é a sua altura?”, perguntaram os elementos do museu, ao que Rebelo de Sousa respondeu que “agora é 1 metro e 78 centímetros”, mas que “já está a baixar”.

Quando lhe perguntaram sobre a cor dos olhos, o Presidente da República disse que que são de um azul esverdeado: “uma espécie de coral”.

Durante a sessão, Rebelo de Sousa disse à Efe que “dorme entre três horas e meia a quatro horas por noite”.

“Sempre foi assim”, afirmou o chefe de Estado, acrescentando que se trata de uma “consequência da Revolução (25 de Abril de 1974) e do jornalismo”.

A escultura de cera vai ficar colocada na sala dos chefes de Estado do Museu de Cera, na capital espanhola, onde se encontram os antecessores no cargo: Cavaco Silva, Jorge Sampaio e Mário Soares.

A elaboração da figura demora devido ao “complexo processo”, que começa pelo modelo executado em barro, sendo que a escultura deve estar concluída em setembro.

A indumentária escolhida por Marcelo Rebelo de Sousa foi fato escuro, camisa branca e gravata azul.

O Museu de Cera de Madrid, inaugurado em 1972 com a escultura de Cristóvão Colombo, tem atualmente mais de 470 peças e inclui personalidades históricas portuguesas como Vasco da Gama e Luís de Camões e figuras contemporâneas como o futebolista Cristiano Ronaldo.

Do total de visitantes do museu, 25 por cento são turistas portugueses.