O concerto em Portugal era uma das escassas datas da banda este verão na Europa e a trupe de Win Butler e Régine Chassange dispôs-se a tocar um alinhamento de celebração para um público que lhes respondeu com uma imensa euforia.

Foram buscar canções a cada um dos quatro álbuns, entre avanços e recuos no tempo, da celebração de "Here comes the night time" - com a presença de cabeçudos - e "Reflektor" à comunhão quase espiritual de "My body is a case" e, no final, "Wake up", com milhares de pessoas a cantarem em uníssono.

Neste regresso a Portugal, o grupo ainda citou Nirvana ("All apologies") e Sex Pistols ("No future (god save the Queen)") e Win Butler, vocalista, depois de ter tido um cachecol verde e vermelho ao pescoço ainda desejou boa sorte à seleção de futebol de Portugal para a final de domingo do Europeu, contra a França.

O terceiro e último dia do festival NOS Alive também estava esgotado e o recinto voltou a testar os seus limites, com capacidade para cerca de 55 mil pessoas.

Depois dos Arcade Fire, o público não desmobilizou e o palco maior do festival foi ocupado pelos franceses M83, enquanto do outro lado do recinto a canadiana Grimes preparava-se para subir ao palco.

No sábado, ainda durante as últimas horas de sol, os norte-americanos Calexico mostraram uma lição de bem conjugar indie rock, country, folk, cumbia e mariachi. Destaque para os temas "Bullets & Rocks", "Cumbia de donde", "Crystal Frontier" e uma versão de "Soledad".

Num dia em que a enchente se fez notar logo ao final da tarde - e que dificultou o acesso a alguns palcos -, as primeiras horas de sábado no palco maior foram de música ibérica com o português Agir e os espanhóis Vetusta Morla.

Muitos dos espectadores ainda estavam espraiados pela relva sintética, mas Agir, acompanhado ao microfone por Miguel Pité (dos Macacos do Chinês), pôs alguns milhares a cantar e dançar ao som de temas como "Makeup", "Ela parte-me o pescoço", "Como ela é bela" e "Tempo é dinheiro".

No meio dos ritmos hip-hop, Agir fez uma incursão pelo património imaterial da Humanidade, acompanhado de dois guitarristas, com uma versão de "Fado meu fado", de Mariza. Já os Vetusta Morla, muito entusiasmados, trouxeram ao Alive o rock cantado em castelhano, aplaudido e cantado pelos presentes nas primeiras filas. Entre mais de 120 artistas, foram os únicos representantes de Espanha.

O décimo festival NOS Alive decorreu de quinta-feira a sábado - com os derradeiros concertos a prolongarem-se para a madrugada de domingo.

Foram cerca de 165 mil pessoas ao longo de três dias, com a maior participação de sempre de público estrangeiro, com quase 32 mil bilhetes vendidos em todo o mundo.

A próxima edição já tem data marcada: De 6 a 08 de julho de 2017, no passeio marítimo de Algés.

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