Uma nova edição de “Post-Scriptim”, de Jorge de Sena (1919-1978), com prefácio de Joana Matos Frias, foi publicada esta semana pela Assírio & Alvim.

“Post-Scriptum” foi originalmente editado em 1961, no contexto da publicação, pelo autor, de “Poesia I”.

No prefácio do seu livro “Metamorfoses” (1963), Sena referiu-se a “Post-Scriptium” como “um acrescentado a Poesia-I”.

Sobre “Post-Scriptum”, afirmou ainda Sena, em 1988: “Nesse itinerário espiritual alegórico terei ‘perseguido’ a verdade até à ‘coroa da terra’, onde me descobri a ‘pedra filosofal’, cuja posse permite discernir as ‘evidências’, às quais a minga poesia exprime ‘fidelidade’ sem limites”.

Para a investigadora Joana Matos Frias, “Post-Scriptum” pode ser apontado como um “manifesto programático exemplar de uma poética do testemunho formulada, preconizada e praticada por Jorge de Sena ao longo de toda a obra poética, naquele que foi o seu feito mais decisivo de tentativa de conciliação de alguns entendimentos aparentemente antagónicos - dominantes no cenário cultural português das décadas de 1940 e 1950 –, acerca da natureza e dos propósitos da criação literária”.