“Todos os contos reunidos neste livro têm vários elementos em comum: a ação decorre num espaço longínquo, a narrativa desenvolve-se em torno de uma revelação demolidora, a memória funciona como uma catarse que o tempo se encarrega de prolongar, de modo a não poder ser esquecida”, afirma a editora, em comunicado.

“O Amor em Lobito Bay" chega às livrarias na próxima terça-feira, e o primeiro conto dá título ao volume.

Em todos os contos “existe uma história de amor, no sentido mais amplo do termo, que entrecruza a experiência da confiança na vida, com o desconcerto do mundo”, escreve a editora.

Este mês ainda, as Publicações D. Quixote também contam publicar, no dia 12, a “Gramática do Medo”, uma história escrita a quatro mãos por Maria Manuel Viana e Patrícia Reis.

Agendada para dia 19, está a reedição da “Vida de Ramon”, de Luísa Costa Gomes, obra publicada pela primeira vez há 25 anos, agora revista pela autora.

Trata-se de um romance biográfico sobre Ramon Llull, intelectual maiorquino do século XIII, que morreu há 700 anos, depois de ter cruzado o Mediterrâneo, a África do Norte e a Ásia Menor, com "a sua indomável autonomia", "espalhando sonhos e ideais de outras épocas, passadas e futuras”, segundo a editora.

Llul foi pioneiro a escrever na sua língua, o catalão, para ser compreendido pelo homem vulgar. No seu tempo, foi apontado como "árabe cristão", “doutor inspirado" e "iluminado".

Vários dos seus escritos foram retomados por outros intelectuais, como Condorcet, nomeadamente sobre o método eleitoral, e o alemão Gottfried Leibniz (1646-1716), que se baseou o seu cálculo, no sistema de conhecimento de Llull.

Desde janeiro, o Institut Ramon Llull, da Catalunha, tem vindo a realizar várias iniciativas, no âmbito do “Ano Llull”, tendo a primeira decorrido em janeiro, na Universidade de Lisboa.

A 19 de abril é publicada a “Trilogia da mão”, de Mário Cláudio, que reúne os romances “Amadeo”, “Guilhermina” e “Rosa”.

Segundo a editora, este conjunto de obras constitui uma “meditação sobre as raízes míticas da portugalidade, contempladas por um olhar enamorado do norte recôndito”.

Com “Amadeo”, inspirado no percurso do pintor Amadeo de Souza-Cardoso, nascido em Amarante, o escritor venceu, em 1984, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.

O romance “Guilhermina” evoca a violoncelista Guilhermina Suggia, que viveu na primeira metade do século XX, entre Portugal, onde nasceu, os palcos do mundo e Inglaterra.

A barrista Rosa Ramalho, de Barcelos, é a protagonista de “Rosa”, a artista que criou “um estranho país de reis e de bichos, de santos e de monstros”.

Também a 19 de abril, é publicada “Prosa”, com “o essencial da prosa de Mário de Sá-Carneiro” (1890-1916), autor destacado do movimento modernista.

Neste volume reúnem-se “os contos de juventude, publicados na revista Azulejos, o primeiro livro de contos, ‘Princípio’, e as narrativas maiores [do escritor], ‘A confissão de Lúcio’ e ‘Céu em fogo’, excluindo-se apenas alguns textos dispersos, que não assumem grande relevância no conjunto da obra do autor”, segundo a editora do grupo LeYa.

O livro inclui uma cronologia biográfica de Mário de Sá-Carneiro, da autoria do poeta Fernando Pinto do Amaral.

A novela “A confissão de Lúcio” foi considerada, pelo poeta José Régio, uma obra-prima, na qual, afirmou, estão presentes três das obsessões do autor: o suicídio, o amor, a loucura.

“Nas narrativas de ‘Céu em Fogo’ encontramos ainda outras temáticas caras ao autor: o tédio perante um quotidiano banal, e por isso insuportável, e a fuga para mundos fantásticos ou quiméricos”, afirma a editora.