As áreas do cinema e da arquitetura lideraram as distinções, tendo trazido para Portugal, respetivamente, sete e seis galardões.

Em fevereiro a realizadora Leonor Teles recebeu o Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim pela sua curta-metragem "Balada de um batráquio".

Em abril, a Cinemateca Portuguesa recebeu, em Paris, o Prémio Henri Langlois, pelo trabalho de defesa do património cinematográfico português. O prémio foi atribuído pela Associação Henri Langlois, na categoria "cinematecas e restauro".

Em Veneza, Nuno Lopes recebeu o Prémio Especial de Melhor Ator, pelo seu desempenho no filme "São Jorge", de Marco Martins, atribuído pelo júri da secção "Orizzonti", do Festival Internacional de Cinema daquela cidade italiana.

O realizador Pedro Costa recebeu um prémio de honra no Festival de Cinema Nuevas Olas, em Santander, Espanha, onde o seu filme "Cavalo Dinheiro" abriu o certame, também no País Basco, mas em Bilbau, a curta-metragem documental "Um campo de aviação", de Joana Pimenta, recebeu o Grande Prémio do 58.º Festival Internacional de Cinema Documental e Curta-metragens.

O filme "Undisclosed recipients", de Sandro Aguilar, venceu o prémio de melhor curta-metragem internacional no Festival Nouveau Cinéma, em Montreal, no Canadá.

O exibidor e distribuidor cinematográfico Pedro Borges, do Cinema Ideal, em Lisboa, foi distinguido com o Prémio Empreendedor do Ano, no âmbito dos Prémios Europa Cinemas.

Na área da arquitetura três projetos nacionais foram distinguidos em diferentes categorias dos Prémios Edifício do Ano, promovidos pela plataforma Archdaily: o Cella Bar, nos Açores, de Paulo Lobo e do ‘atellier’ FCC Arquitetura ganhou a categoria de "hospitalidade", a Cozinha Comunitária Terras da Costa, na Costa de Caparica, do Ateliermob e do Coletivo Warehouse, venceu a categoria de "arquitetura pública", e a Casa de Guimarães, de Elisabete de Oliveira Saldanha, saiu vitoriosa na categoria de "remodelação".

A arquiteta Marta Sequeira foi distinguida com um prémio de investigação pela Fundação Le Corbusier, pelo trabalho "Towards a public space. Le Corbusier and the Greco-Latin tradition in the modern city".

O novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, do arquiteto Luis Pedro Silva, foi distinguido com o AZAwards, tendo sido selecionado entre 826 projetos de mais de 50 países, e o arquiteto Eduardo Souto de Moura foi galardoado com o Piranesi Prix de Rome 2017, um prémio de carreira atribuído em novembro e que irá receber em março.

Quatro projetos na área do Património viram os seus méritos reconhecidos além-fronteiras: a reabilitação da Catedral e do Museu Diocesano de Santarém e o projeto de Desenvolvimento Sustentável do Planalto da Mourela, no Gerês, receberam o Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Prémio Europa Nostra, respetivamente na categoria de "conservação", na de "educação, formação e sensibilização", o projeto Vale do Varosa, no Alto Douro, venceu o Prémio Internacional AR&PA, no âmbito da X Bienal de Restauro e Gestão do Património de Valladolid, em Espanha, e a Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML), em Sintra, foi premiada, pela quarta vez consecutiva, com o World Travel Award na categoria de "melhor empresa do mundo em conservação" patrimonial.

A PSML tem a seu cargo vários espaços monumentais no concelho de Sintra, entre outros, os antigos palácios reais da Pena, de Sintra e o de Queluz, o parque da Pena e o castelo dos Mouros.

A ceramista Maria Ana Vasco Costa recebeu, em Londres, um dos prémios Surface Design, que distingue o ‘design’ de paredes interiores e exteriores, pela parede de azulejos que criou para decorar o interior de um restaurante lisboeta.

O prémio, na categoria de retalhistas para as superfícies interiores, distinguiu a parede de azulejos tridimensionais brancos, em forma de losangos, no Restaurante Loco, cujo espaço foi idealizado pelo arquiteto João Tiago Aguiar.

A Fundação Arco de Madrid decidiu atribuir o Prémio "A" de Colecionismo à Fundação EDP pela criação de uma coleção de arte de "enorme relevância" em Portugal e pelo apoio que esta entidade dá à internacionalização da arte do país. O galardão é entregue em fevereiro.

A "Viagem Medieval em Terra de Santa Maria", na cidade da Feira, venceu o Prémio Cidade de Castellón, da Fundação Moros d'Alqueria, que distingue anualmente uma iniciativa reconhecendo o seu "prestígio internacional".

Na área da música, Mariza voltou a triunfar além-fronteiras, desta feita com o prémio de melhor artista atribuído pela revista britânica Songlines, a propósito do álbum "Mundo", enquanto o Festival Bons Sons, que se realiza na aldeia de Cem Soldos, em Tomar, conquistou os prémios de Best Medium Sized Festival e Contribution to Sustainability, na primeira edição dos Iberian Festival Awards, e o músico David Carreira voltou a ser eleito pelo canal de televisão MTV como "Best Portuguese Act" [Melhor Atuação Portuguesa].

A jornalista e tradutora luso-espanhola Pilar del Río venceu o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, pelo seu trabalho "como fundadora e presidente da Fundação José Saramago, dedicada à defesa dos Direitos Humanos", segundo o comunicado oficial.

O prémio é atribuído pelos Governos de Portugal e de Espanha, e tem o valor de 75.000 euros, e reconhece a obra de um criador no âmbito da arte e da cultura, que fomente a comunicação e cooperação cultural entre os dois países.

O Prémio Literário da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) foi atribuído à obra "Era uma vez um Homem", do português João Nuno Azambuja.

O romance "Índice médio de felicidade", de David Machado, venceu o Prémio Salerno Libro d'Europa, no Festival Salerno de Literatura, na região italiana da Campânia.

O escritor José Luís Peixoto venceu este mês o Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, no Brasil, pelo romance "Galveias".

O único prémio na área do teatro foi para a peça "Bovary", de Tiago Rodrigues, distinguida como a Melhor Criação de uma Peça em Língua Francesa, pela Association Professionnelle de la Critique de Théâtre, Musique et Danse, em Paris.

O ensaísta Eduardo Lourenço recebeu o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, criado em 2013 pelo Conselho Nacional de Cultura, em parceria com a organização Europa Nostra e com o Clube Português de Imprensa.

O ensaísta de 93 anos foi também distinguido pela Academia Francesa, com o Prémio de Divulgação da Língua e Literatura Francesas, algo que descreveu à Lusa como um "conto de fadas".

Inês Caleiro, fundadora da marca de calçado e acessórios Guava, foi distinguida com um Dream Award, dedicado a novos ‘designers’, dos prémios internacionais de moda e ‘design’ Fashion Crowd Challenge.