Em comunicado a FCG afirma que o concerto, no grande auditório da Fundação, em Lisboa, às 21:00, é “uma espantosa viagem ao longo do tempo, entre a tradição oral e a música escrita, atravessando as peças para guitarra portuguesa, a música medieval, arábica e galega, o barroco português, o fado e o lundum”.

“Uma auscultação musical da portugalidade, do século XIII até à contemporaneidade”, que, além d’Os Músicos do Tejo, conta com as vozes da soprano Ana Quintans e do fadista Ricardo Ribeiro.

Para o fadista, entre o fado e a música barroca, “há todas as ligações”.

“A música que podemos considerar mais parecida com o fado, pela maneira de linguajar, é a música barroca, a questão das dominantes e a forma como as composições são construídas, há, de facto, muitas parecenças e muita coisa que se aproxima”, disse o fadista.

Ricardo Ribeiro, em declarações à agência Lusa, afirmou que vai cantar com Ana Quintans o tema “O marujo e a regateira”, e, ainda, uma cantiga de Santa Maria, do rei Afonso X, o Sábio, alguns fados com arranjos ao estilo barroco e outras à guitarra portuguesa e à viola.

Ao palco irão ainda subir os músicos Miguel Amaral, na guitarra portuguesa, e Marco Oliveira, na viola.

Do programa constam composições de Carlos Paredes, António da Silva Leite, autor do primeiro método de ensino da guitarra portuguesa, Miguel Amaral, J.S. Bach, Francisco António de Almeida, Rão Kyao, José Palomino, Alain Oulman, Carlos Gonçalves, e do grupo Madredeus, liderado por Pedro Ayres Magalhães.

Os Músicos do Tejo, dirigidos por Marcos Magalhães e Marta Araújo, têm desenvolvido um trabalho de pesquisa sobre melodias e musicalidades que se aproximem do fado lisboeta, tendo gravado modinhas e lunduns do século XIX.

Este espetáculo foi estreado em janeiro deste ano, no Helsinki Music Centre, na capital finlandesa.