Em maio de 2018, Lisboa será o palco da 63ª edição do Festival Eurovisão da Canção. Além a organização do espetáculo, as forças de segurança, INEM e hospitais têm de estar coordenados para garantir que o evento decorre da melhor forma possível.

Segundo o jornal Público, o plano de contingência aplicado na visita do Papa Francisco a Fátima poderá ser aplicado na Eurovisão. Para António Marques, o presidente da Comissão de Gestão do Plano de Contingência do Ministério da Saúde para as Comemorações do Centenário de Fátima,  "houve organização, apoio político, empenho de recursos humanos muito motivados.

"Foi também uma oportunidade para actualizar planos de contingência em vários hospitais [foram 10 os envolvidos]. Agora, isto deve ser feito de uma forma regular, não apenas reactiva. Um atentado ou uma catástrofe podem acontecer em qualquer momento. É preciso envolver entidades e articular esforços, a máquina tem que estar permanentemente oleada", defende.

A 63ª edição do Festival Eurovisão da Canção vai realizar-se no Parque das Nações, espaço que incluiu várias infraestruturas e onde se insere MEO Arena, em Lisboa, a 8, 10 (semifinais) e 12 (final) de maio de 2018.

"É uma escolha com toda a racionalidade (...) Lisboa oferece uma série de valências fortíssimas", frisou Gonçalo Reis, presidente da RTP. "Estamos entusiasmados. Sabemos a responsabilidade que temos. Sabemos a complexidade, a grandeza, os requisitos que temos. Mas também sabemos que a RTP, com os parceiros, cresce tipicamente para estas situações e vamos tirar o melhor partido" do festival", acrescentou.

A 51.ª edição do Festival da Canção, que culminou na vitória do tema de Salvador Sobral como o escolhido para representar Portugal na Eurovisão, realizou-se este ano, tendo sido apresentada pela RTP como uma "janela renovada" para compositores e intérpretes portugueses, com as canções candidatas a serem transmitidas em direto em duas noites de eliminatórias, perante um júri presidido por Júlio Isidro.

Até à sua vitória, a melhor classificação que Portugal conseguira fora um sexto lugar, por Lúcia Moniz, com “O meu coração não tem cor”, em 1996.

Portugal participou pela primeira vez no Festival da Eurovisão, em 1964, com a canção “Oração”, defendida por António Calvário, em Copenhaga, que não obteve qualquer ponto, ficando em 13.º lugar, com a ex-Jugoslávia e a Suíça, entre 16 concorrentes.

Desde a sua participação, Portugal não participou por cinco vezes: em 1970, juntando-se a um protesto de outras televisões europeias, devido aos critérios de votação, depois da vitória ex-aequo de quatro canções, em 1969, em Madrid, e, já neste séculos, em 2000, 2002, 2013 e 2016.