O corpo do cantor norte-americano foi encontrado na sua propriedade em Paisley Park, no Minnesota, EUA, na manhã desta quinta-feira. A informação foi avançada pelo site TMZ e confirmada por vários outros meios internacionais.

"Com profunda tristeza confirmo que o lendário e icónico artista Prince Rogers Nelson faleceu na sua residência de Paisley Park (Minneapolis) esta manhã", lê-se um comunicado assinado por Yvette Noel-Schure, a representante do artista.

Prince tinha estado hospitalizado no Illinois no passado fim de semana, depois de o seu avião particular ter feito uma aterragem de emergência, na sexta-feira, para que o cantor recebesse atendimento devido a uma forte gripe.

Nascido em Minneapolis, em 1958, Prince Rogers Nelson era considerado um dos nomes mais influentes da música pop, citado por dezenas de artistas pelo talento e capacidade criativa, abrangendo diversos estilos musicais, em particular soul, funk e R&B.

Prince iniciou a carreira na transição da década de 1970 para a de 1980, destacando-se com "Dirty Mind" (1981) e "Purple Rain" (1984), entre outros álbuns marcantes.

O autor de "When the Dove Cry" esteve várias vezes em Portugal, a mais recente das quais no verão de 2013, com um concerto surpresa no Coliseu de Lisboa.
Em 2010, Prince atuou no festival Super Bock Super Rock, perto da praia do Meco, onde contou com a presença da fadista (e amiga) Ana Moura, com quem já colaborou.

Artista prolífico, abraçou o streaming, considerando que a tecnologia online lhe dava maior liberdade artística, mas mostrou-se mais cético em relação às redes sociais, tendo eliminado abruptamente as suas contas oficiais do Facebook e do Twitter em 2014.

Prince tinha atuado recentemente em Paisley Park e Austrália, onde se apresentou somente com um piano, afirmando que procurava um novo desafio artístico. O cantor preparava-se para editar o primeiro livro de memórias no final do ano. O artista ficou ainda conhecido pela sua imagem exuberante ou por ligações ocasionais ao cinema.

"Os contratos com editoras são como a escravatura"

Em 2015, Prince convidou dez jornalistas a visitar a sua casa em Minneapolis, contou o site National Story Project (NPR). No encontro, o cantor fez duras críticas às editoras discográficas.

"Os contratos com editoras são como... vou dizer a palavra: como a escravatura. Aconselharia qualquer artista novo a não assinar contrato com uma editora ", disse o cantor, defendendo que os contratos tiram liberdade aos artistas.

"Se tivermos os nossos recursos, poderíamos encontrar aquilo de que precisamos.  Jay Z gastou 100 milhões de dólares para criar o seu próprio serviço. Temos de apoiar os artistas que estão a tentar controlar (o processo)", sublinhou Prince que deseja que os artistas sejam pagos diretamente pelos serviços de streaming.

Prince proibiu o uso de gravadores e telemóveis durante a conversa com os jornalistas. O cantor de “Purple Rain” tinha cancelado o contrato com a Warner Music há 22 anos, mas no ano passado tinha voltado a assinar um novo vínculo com a editora.

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