O primeiro ponto alto do projeto acontece este sábado,  27 de agosto, dia em que o Rock in Rio apresenta um concerto num palco flutuante no coração da Amazónia, "o grande palco do mundo", para Roberta Medina. O espetáculo será transmitido para todo o mundo em direto e apenas 200 pessoas, entre jornalistas e convidados especiais, vão ter a oportunidade de estar no evento.

Plácido Domingo, que vai atuar com a Orquestra Sinfónica, e o tenor Saulo Lucas, que vai interpretar “Canto Della Terra”, são os artistas que vão marcar presença no espetáculo Amazónia Live. Em Manaus, a cantora Ivete Sangalo vai também atuar para milhares de pessoas com o objetivo de chamar a atenção da população para as questões socioambientais.

Apesar de ser um espetáculo restrito a 200 convidados, este momento poderá ser visto no mundo inteiro através do site oficial do Rock in Rio Lisboa, a partir das 23h30 deste sábado, 27 de agosto.

Em entrevista ao SAPO MAG, Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, frisa que o espetáculo deste sábado é só o início. "Estamos só a começar.  Acredito muito no potencial deste projeto. Sabemos que o tema não é novo, é uma conversa velha, mas, em termos de comportamentos, a sociedade mudou muito pouco", explica.

"A ideia foi do Roberto Medina e sabemos que quando o Roberto pensa, não pensa pequeno. Então, o Amazónia Live já foi criado com o objetivo de ser um projeto internacional. Mas queremos fazê-lo crescer ainda mais para que saia um pouco das mãos do próprio Rock in Rio", sublinha a vice-presidente executiva da organização do festival que acontece de dois em dois anos em Lisboa.

"Percebemos que é preciso fazer mais e não bater apenas na mesma tecla. Queremos mobilizar e, pela primeira vez, adoptamos uma causa transversal a várias edições e a todos os países onde está o Rock in Rio. Então, nos próximos anos vamos chamar a atenção para a necessidade de mudança de comportamento, convidando as pessoas a contribuir ativamente para a preservação da Amazónia", diz Roberta Medina, acrescentando que além de preservar o que existe, o objetivo é recuperar o que foi destruído: "Estamos focados na plantação de árvores e não apenas na preservação do que já existe".

Para este projeto, a organização associou-se ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), associação que vai garantir que todas as verbas são aplicadas da melhor forma, e ao Instituto Socioambiental (ISA) que vai, no terreno, "implementar e fazer a plantação das árvores", explica a vice-presidente do Rock in Rio.

"A partir de agora vamos acelerar. O espetáculo é essencial para criar um evento diferenciador que chame a atenção. Decidimos fazer algo muito especial e único na Amazónia para que se torne numa ferramenta importante para abrir o diálogo nos media", conta Roberta Medina, confessando que tem estado especialmente envolvida nos projetos do Rock in Rio relacionados com o meio-ambiente.

Para Roberta Medina, a música ajuda a divulgar as causas ambientes de um forma mais ligeira. "Estes problemas estão a bater à nossa porta. A grande vantagem deste projeto é que abrimos linhas de conversação com as pessoas de forma diferente. Tentámos ter uma conversa que saia do ambiente 'eco-chato' e falámos de uma forma leve e atual", explica.

Segundo a vice-presidente executiva do Rock in Rio, o projeto Amazónia Live, apoiado também pela Quercus, já angariou 2.890.000 de árvores para serem plantadas na Amazónia e agora ambiciona chegar aos 4 milhões com o apoio da população.

Para se juntar à causa basta aceder à plataforma www.esolidar.com/rockinrioamazonialive ou através do site www.amazonialive.com e contribuir para o projeto através da doação de árvores.