No segundo dia do festival, 74 mil pessoas juntaram as vozes para interpretar a maioria das músicas que os britânicos Queen interpretaram em Lisboa, acompanhados do cantor norte-americano Adam Lambert no lugar de Freddie Mercury.

Superada a meia hora de atraso, que lhe valeu algumas assobiadelas, o grupo interpretou meia dúzia de canções, mais hard rock, antes Adam Lambert recordar que não estava ali para substituir Freddie Mercury, que morreu em 1991. “Só há um Freddie Mercury, vamos celebrá-lo juntos”, disse.

O alinhamento que se seguiu serviu para isso mesmo, provando que Freddie Mercury é insubstituível e que as canções estão cristalizadas na interpretação dele. Adam Lambert pouco acrescentou ao que já se conhece das canções. Foi assim em “We will rock”, “Show must go on” ou “Somebody do love”.

O concerto teve vários momentos “para mais tarde recordar”, como a vez em que o guitarrista Brian May tirou uma fotografia panorâmica ao público, com milhares de luzes de telemóveis acesas. Antes de tudo, o músico quis saber: “Gente porreira de Portugal, tudo bem?”.

Brian May protagonizou ainda um momento emotivo, quando na língua de palco junto ao público interpretou, com guitarra acústica, o tema “Love of my life”, convidando os espetadores a cantarem com ele. “A magia vai acontecer”, disse.

Durante o concerto, o baterista Roger Taylor contou com a ajuda do filho, Rufus Tiger Taylor, também ele baterista, com quem protagonizou um curto duelo de baterias.

A lembrança e o carisma de Freddie Mercury estiveram sempre presentes ao longo do concerto, materializando-se, quase no fim das duas horas de atuação, em “Bohemian Rhapsody”, quando nos ecrãs gigantes apareceram excertos de atuação do cantor e do teledisco.

O Rock in Rio cumpre a sétima edição em Lisboa, prosseguindo na próxima semana, nos dias 27, 28 e 29, com Hollywood Vampires, Korn, Maroon 5 e Ariana Grande, entre outros.