A nova versão de um dos clássicos da ópera a cargo da realizadora de filmes como "Maria Antonieta" e "O Amor é um Lugar Estranho" é "bela, muito bela", garante a imprensa.

A inspiração foi de Valentino que, com seu o parceiro histórico, Giancarlo Giammetti, contatou Coppola depois de ter visto e gostado do premiado filme "Maria Antonieta", em 2006.

O estilista romano, de 84 anos, interrompeu a sua "reforma" para assinar os quatro vestidos de Violetta, a heroína da trágica ópera.

A filha de Francis Ford Coppola, de 45 anos, aventura-se pela primeira vez numa ópera, com quinze espetáculos programados até 30 de junho.

Para ilustrar uma das óperas mais vistas do mundo, um drama psicológico de caráter intimista, Coppola mergulhou na vida da famosa cortesã e do seu amante, Alfredo.

Dividida em três atos, "La Traviata" foi criada em 1853 e representada pela primeira vez na Fenice de Veneza, com livreto baseado no romance "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas.

"Gostei muito desta primeira experiência, embora a princípio tenha sentido receio. Decidi concentrar-me na beleza da música, na beleza da história, em manter os elementos tradicionais", contou.

O estilista romano, por sua vez, prometeu uma Violetta com um toque "vermelho", cor que é a sua marca registada, e desenhou quatro vestidos para a sua protagonista.

Os diretores criativos da "Maison" Valentino - Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli - desenharam os trajes da amiga de Violeta, Flora, e do coro, e respeitaram os desejos de Coppola, que vem de uma família de músicos.

A ópera, cuja produção contou com um investimento de 1,8 milhão de euros, segundo informou o diretor da Ópera, Carlo Fuortes, já é um sucesso.

"Vendemos entradas por 1,2 milhão de euros, um recorde para a história do teatro romano", afirmou.