Depois de um longo período afastados dos holofotes, os Sum 41 voltaram para provar que o rock ainda lhes corre nas veias. Na noite desta sexta-feira, 20 de janeiro, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, encheu-se de fãs de todas as idades, que vibraram todos os segundos com a banda canadiana.

Deryck Whibley e companhia arrancaram o concerto com "A Murder of Crows", "Fake My Own Death" e "The Hell Song". Em poucos minutos, o grupo e o público encontraram a sintonia perfeita, ultrapassando todos os limites de loucura - ao fim da segunda canção, os fãs já estavam em cima do palco e os mergulhos entre a pequena multidão eram constantes.

Sempre sem perder o ritmo e com uma energia absolutamente contagiante, o grupo de punk rock viajou por muitas das canções do novo disco, "13 Voices", que refletem o passado recente do vocalista, que esteve hospitalizado e em risco de vida devido a problemas com o álcool. "Estou aqui graças a vocês, obrigado", disse Deryck num dos vários momentos em que conversou com os fãs portugueses.

A cada tema que passava, a energia e os níveis de loucura iam subindo: a cada minuto, um fã aventurava-se num louco crowd surfing; os menos inibidos tiravam peças de roupa ao ritmo das guitarras; e até preservativos serviram para fazer balões. Tudo (ou quase tudo) era permitido e os Sum 41 incentivavam.

Depois da loucura ao som de "Underclass Hero", "Screaming Bloody Murder" e "There Will Be Blood", seguiu-se "War", tema do novo disco, o preferido de  Deryck Whibley. Com toda a emoção em cada palavra de cada verso, o vocalista agarrou todos os fãs, que entoaram o tema.

As emoções continuaram a ser colocadas à prova com "Walking Disaster", do álbum "Underclass Hero" (2007), com a banda a provar uma total cumplicidade e força de vontade de provar que voltou para conquistar o seu lugar na música.

Os versos "I can't wait to see you smile/ Wouldn't miss it for the world", de"Walking Disaster", desaguaram num crowd surfing do vocalista. Deryck mergulhou até ao meio do Coliseu dos Recreios e cantou (quase em acústico) "With Me", tema que conquistou os fãs que acompanham a banda desde o início.

A adrenalina, os saltos e gritos rapidamente voltaram a dominar o concerto, com o grupo canadiano a prometer que vai continuar a dar tudo pelo rock ao som de "We Will Rock You", dos Queen.

Mas o momento alto da noite ainda estava para chegar. "Tenho uma coisa para dizer... So am I still waiting /For this world to stop hating", disse o vocalista, contando de imediato com o apoio do público para cantar  "Still Waiting", um dos temas mais marcantes da carreira dos Sum 41- se dúvidas houvesse, foram dissipadas no concerto.

A viagem ao passado continuou com "In Too Deep", outro dos temas mais populares da banda e que incentivou mais uma dezena de mergulhos de fãs por cima do público aos saltos.

Depois de uma pequena pausa, Deryck voltou a palco. Sentado num piano, o vocalista recordou os primeiros versos de "Reason to Believe", partindo de imediato para "Pieces", carimbando da melhor forma o final do concerto.

Antes do adeus final, ainda houve tempo para ouvir "Welcome to Hell", "Fat Lip" e Pain for Pleasure".

Foram duas horas intensas, onde o rock e a loucura reinaram. Foi um bom regresso dos Sum 41, no tempo certo e com um alinhamento certeiro que conquistou os fãs mais novos e mais velhos. Vamos ver o que o futuro lhes reserva, mas fica a certeza que serão sempre bem recebidos pela "família Sum 41" portuguesa.

Veja na galeria as imagens do concerto: