"Cheguem cedo, se puderem". Foi este o principal apelo que Luís Montez, responsável pela organização do SBRS, deixou tanto aos jornalistas como aos espectadores num encontro com a imprensa na manhã desta terça-feira no recinto do evento.

A recomendação deve-se sobretudo ao reforço da segurança, assegurada pela PSP, cujo processo de revista do público à entrada deverá ser tanto mais demorado quantos mais objetos os espectadores levarem. "Evitem trazer mochilas", salientou. "Isto é um festival urbano, as pessoas estão aqui perto, não precisam de acampar", realçou também, alertando que o reforço da segurança em 50% nesta edição poderá fazer com que a entrada se torne menos célere do que em anos anteriores.

Para facilitar o acesso, os espectadores que tenham adquirido o passe de três dias poderão trocar os bilhetes por pulseiras já a partir desta quarta-feira, 12 de julho, um dia antes do arranque do festival. Basta passar pelo Parque das Nações entre as 10h00 e as 22h00. Dias 13, 14 e 15, a bilheteira só encerra às 2h00 e a abertura de portas do recinto está agendada para as 15h00. "Durante o festival as pulseiras podem ser trocadas nas bilheteiras ou já dentro do recinto, até às 04:00", disse Luís Montez.

Montez indicou também que apesar de o Metropolitano só estar disponível até à 1h00, a organização vai facultar autocarros gratuitos para os portadores de bilhete desde a Gare do Oriente até ao Cais do Sodré, entre a 1h00 e as 5h00.

O Super Bock Super Rock deixou a Praia do Meco em 2015, mudando-se para o Parque das Nações. Além do palco por baixo da pala do Pavilhão de Portugal, haverá concertos no MEO Arena, na Sala Atlântico, onde irão atuar os cabeças de cartaz, e na Sala Tejo, com atuações de projetos de hip-hop e eletrónica, e num palco exterior dedicado em exclusivo à nova música nacional.

"Daqui saem os novos talentos nacionais. No ano passado estava Iggy Pop a tocar no palco principal e este palco estava cheio para ver os Capitão Fausto. Quero ver quem para o ano salta para o palco principal", recordou Luís Montez. Na quinta-feira, os Capitão Fausto atuam no palco principal, antes dos Red Hot Chili Peppers.

Super Bock Super Rock

Também na quinta-feira, antes dos Capitão Fausto, passam pelo palco principal os The New Power Generation, grupo que trabalhou com Prince a partir dos anos 1990, que, confidenciou Luís Montez, "convidaram Ana Moura" para se juntar a eles. "Vamos ver se ela vai subir ao palco", disse, recordando que a fadista "fez história no festival, quando atuou em dueto com Prince".

É no palco principal que está uma das novidades deste ano, uma instalação, que estava hoje a ser ultimada, no teto da Sala Atlântico. Sem querer adiantar muito, para “não estragar a surpresa”, Ana Carvalho, coordenadora de produção do festival, adiantou tratar-se de uma estrutura suspensa sobre a sala, com leds, e que pode ser utilizada pelas bandas. Esta instalação, responsabilidade do projeto criativo colaborativo de arte e arquitetura FAHR 021.3, faz parte da aposta do SBSR na arte urbana.

Super Bock Super Rock

Este ano, o festival reforçou a parceria com a plataforma Underdogs, com a oferta de oficinas de iniciação ao graffiti com o artista visual Gonçalo Mar, e convidou ainda Bordalo II a fazer uma intervenção de arte urbana.

Entre as novidades de 2017 está também a Zona Chill Out. "O pessoal queixava-se que aqui não havia um espaço onde pudesse estar à vontade como no Meco", explicou Montez. "Ali podem estar a namorar, a fumar ou a descansar como quiserem, longe das câmaras", brincou.

O Super Bock Super Rock decorre entre 13 e 15 de julho e tem os Red Hot Chili Peppers, Future e Deftones como cabeças de cartaz. Fatboy Slim, Foster the People, London Grammar e Seu Jorge são outros nomes internacionais em destaque. Da seleção nacional, o cartaz conta com os Capitão Fausto, The Legendary Tigerman, The Gift ou Língua Franca (projeto de Capicua, Valete e Emicida).

Com capacidade para 20 mil pessoas, o festival tem esgotados os passes de três dias e os bilhetes para quinta-feira.