A peça, em cena entre 5 e 29 de janeiro, é uma estreia a ser encenada pelo diretor artístico do TNSJ, Nuno Carinhas, com desenho de movimento de Victor Hugo Pontes, sendo “um espetáculo dedicado aos supernovos, mas que não causa urticária nem mortal aborrecimento a pais, parentes, educadores, vizinhos, padrinhos e madrinhas e demais companheiros”, de acordo com a sinopse.

Depois de trabalhos de Olga Roriz, do regresso dos Artistas Unidos ao Porto e d’”A máquina de emaranhar paisagens” de Dinarte Branco a partir de Herberto Helder, em março volta a haver uma estreia, desta feita no TNSJ, com “Os veraneantes” de Gorki, encenada por Nuno Cardoso.

Entre 17 e 26 desse mês há, também em estreia, “Confissões” de Santo Agostinho, encenada por Rogério de Carvalho com As Boas Raparigas, num espetáculo que o encenador descreve como um olhar sobre os humanos e a sua situação no mundo, "de indiferença ou de conformismo, sendo o teatro um risco para os que o fazem, claro, no sentido da responsabilização, no sentido do seu papel para a sociedade".

"Queremos questionar o nosso tempo, e as origens são o nosso ponto de partida", acrescenta Rogério de Carvalho no texto que acompanha a programação.

Antes de março terminar, o claustro do Mosteiro de São Bento da Vitória recebe “Júlio César – Peças soltas”, de Romeo Castellucci, numa “intervenção dramática” sobre William Shakespeare que será o regresso do italiano ao Porto depois de ter levado “Sobre o conceito do rosto do filho de Deus” ao Rivoli, 20 anos depois da participação no primeiro festival PoNTI.

Dias antes, o mosteiro vai acolher um seminário sobre Castellucci, que antecede uma 'masterclass' dada pelo italiano com um número limitado de participantes que requer inscrição junto das relações públicas do teatro.

Ainda em março, entre os dias 22 e 25, Tiago Rodrigues apresenta no TNSJ “Como ela morre”, a partir de “Anna Karenina”, de Tolstói.

Foto: Rita Sousa Vieira/SAPO On The Hop