São mais de três dezenas de grupos e músicos portugueses que trabalharam com artistas do Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão, Uzbequistão, Índia e Sri Lanka. O resultado está na numa caixa com lançamento marcado para 28 de abril.

O primeiro single é divulgado hoje: "Nura pakhang", em português "Eu e tu", é um tema bilingue escrito por Carlos Tê, Hélder Gonçalves, Manuela Azevedo e o indiano Mayanglambam Mangangsana, interpretado pelos Clã e pela cantora indiana Mangka. O vídeo, gravado no Porto e no estado indiano de Manipur, é assinado pelo também indiano Romi Meitei.

"T(h)ree" é coordenado por David Valentim que, desde 2010, tem reunido músicos portugueses e asiáticos em discos pensados "como bandas sonoras de uma viagem imaginária entre Portugal e Ásia".

À agência Lusa, o produtor português esclarece que se trata "não de uma viagem de cruzeiro ou em ‘tour'. Mas de uma viagem mais exploratória, que nos leva por locais menos previsíveis e mais misteriosos".

O objetivo é "dar a conhecer novas culturas através de encontros musicais originais entre músicos portugueses e dos mais variados pontos da Ásia. Se cumprirmos o que nos propomos fazer e chegarmos com esta música ao maior número de pessoas possível, então ficaremos muito satisfeitos", afirma David Valentim.

Nos primeiros três volumes participaram Mão Morta, Balla, Norberto Lobo, A Naifa, Noiserv, Best Youth ou Bizarra Locomotiva, entre outros, que trabalharam com artistas de Hong Kong, Macau, Filipinas, Singapura, Japão e Coreia do Sul.

"Tivemos boas críticas, quer do público, quer da imprensa especializada em Portugal e nos territórios asiáticos envolvidos. Esgotámos os nossos stocks em Singapura, Taiwan e Japão. Cumprimos os objetivos iniciais de dar a conhecer a música portuguesa em locais aos quais esta não chega ou tem pouca relevância. E vice-versa".

Agora, "T(h)ree" chega a novas geografias do continente asiático: "Convidámos músicos portugueses que admiramos, de vários quadrantes, e juntámo-los a outros que pudessem complementar a sua sonoridade. O produto final é por vezes surpreendente e outras vezes mais contido".

O projeto permite a artistas nacionais explorar "novas sonoridades e tentar abrir portas a novos mercados", nesta espécie de novos descobrimentos pela música.

"Há um grande sentimento de partilha e genuíno interesse por parte dos músicos portugueses. Não vivemos nos nossos casulos, e continuamos abertos à ideia de descobrir o mundo. Desta vez, pela música", conclui David Valentim.

A edição está a cargo da portuguesa Omnichord Records, numa produção que conta com o apoio da Fundação Oriente e cujas receitas revertem para a "Make a Wish Portugal". A caixa tem lançamento marcado para 28 de abril em edição física - na primeira fase apenas para Portugal - e digital.

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