Na primeira edição do Folio realizada sem a presença do fundador e mentor do festival, José Pinho, que morreu em maio deste ano, a curadora do Folio Ilustra, Mafalda Milhões, convidou 69 ilustradores a “ilustrar livrarias reais e imaginadas, uma por cada ano de vida” do livreiro.

Joana Bértholo “escreveu a sala”, com uma narrativa baseada no “Manifesto contra a Amazon”, e Raul Guridi deu “corpo às bestas” que simbolizam os riscos que correm os livreiros independentes. O resultado é “um manifesto ilustrado a favor das livrarias independentes” patente na “PIM! – Mostra de Ilustração para Imaginar o mundo”, este ano com o título “O risco de Ler Devagar”.

No que toca a exposições, André Carrilho vai mostrar os seus trabalhos na Livraria de Santiago e, na Casa Abismo, estarão patentes as ilustrações de Nuno Saraiva para esta editora.

Na Casa José Saramago poderão ser vistas as mostras “Riscos do Nordeste”, de Jô Oliveira, e “Chegou a Primavera, o Brasil depois das sombras”, de Francisco Proner.

O Museu Abílio acolhe, durante o Folio, a exposição “Flexágono 2023. Banda desenhada, narrativas gráficas e desenho, hoje”, com curadoria de Pedro Moura, e “Between Schools: há uma Gazeta que nos une”. Noutro museu, o municipal, estará patente a mostra “Pessoas com relações com Pessoa”, de Pedro Matos Soares e Carlos Pittella, numa parceria com a Casa Fernando Pessoa.

João Francisco Vilhena volta a marcar presença no festival, este ano com a mostra “Escrito de Caras ra o arap sanrep ed arutaretil", concebida a partir de uma ideia de Luís Gomes, da Livraria Artes & Letras, onde a exposição estará patente.

O publico do Folio terá ainda a oportunidade de apreciar as ilustrações de “Mulher, Vida e Liberdade”, do livro coordenado por Marjane Satrapi, ou ainda do livro “O lobo assim, assim” de João Lobo, ou da obra Flicts, de Ziraldo Alves Pinto.

Na Capela de São Martinho poderá ser apreciada uma instalação dedicada a escritores e poetas censurados, presos e torturados e, na Livraria do Mercado, um mural de homenagem a José Pinho, intitulado “Criador de acasos, realizador de sonhos”.

Noutros locais da vila estarão patentes mostras de artistas locais, de trabalhos de alunos no âmbito do projeto “My Machine”, da fábrica de lápis Viarco e de sensibilização ambiental.

Na sua oitava edição, o Folio conta com um total de 603 autores e criadores, em cerca de 108 conversas e tertúlias, 40 apresentações e lançamentos de livros, 40 espetáculos e concertos, 21 exposições, 18 sessões de leitura e poesia e 14 mesas de autores.