"O Segredo de um Cuscuz" (La Graine Et Le Mulet) - 12 de julho
Com: Hafsia Herzi, Habib Boufares, Farida Benkhetache
2007, 151 min.
Slimane é um homem velho e cansado que é despedido do porto francês onde trabalha. Encontra um novo objetivo de vida quando a sua extensa família, incluindo a sua mulher separada e a sua amante, que é dona do hotel onde ele reside, decidem abrir um restaurante de cuscuz. Mas a noite de estreia tem algumas surpresas. Abdellatif Kechiche apresenta aqui uma experiência ambiciosa e realista, explorando temas pessoais e sociais, como a família e a imigração.

"Vénus Negra" (Vénus Noire) – 19 de julho
Com: Yahima Torres, Andre Jacobs, Olivier Gourmet
2009, 166 min.
Um filme biográfico sobre a trágica história de Saartjes Baartman, uma mulher da tribo Khoikhoi que, no início do século XIX e devido às suas características físicas específicas, deixou o sul de África para ser exibida nos salões europeus sob o nome "Venus Hotentote", com promessas vãs de uma vida dourada. Chegada à Europa, depois de viajar por toda a Inglaterra em espetáculos de aberrações, é estudada por alguns dos mais conceituados naturalistas e anatomistas da época, que usaram as suas investigações para justificarem a inferioridade dos negros, num esforço claro de legitimação do racismo e escravatura. A 29 de dezembro de 1815, Saartjie Baartman morreu alcoólica e na miséria. O seu corpo foi doado ao Musée de l'Homme de Paris, onde o seu esqueleto, órgãos genitais e cérebro foram conservados em formol e exibidos até 1974. Em 2002, a pedido do então Presidente sul-africano Nelson Mandela, os seus restos mortais regressaram ao seu país, onde foi feita uma cerimónia fúnebre.

"A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2" (La Vie d’Adèle) – 26 de julho
Com: Adèle Exarchopoulous, Aurélien Recoing, Catherine Salée, Léa Seydoux, Salim Kechiouche
2013, 179 min.
Aos 15 anos, Adèle nem sequer questiona este facto: uma rapariga namora com rapazes. A vida dela vai dar uma volta quando conhece Emma, uma rapariga jovem e de cabelo azul, que lhe vai permitir descobrir o desejo e afirmar-se como mulher e como adulta. Adèle cresce, procura-se a si mesma, perde-se e eventualmente reencontra-se nesta adaptação da novela gráfica "Le Bleu est une couleur chaude", de Julie Maroh, que foi a vencedora da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2013.