A decisão da AT&T afeta quase cinco milhões de residências no país, um prejuízo considerável para a Al-Jazeera America, que espera chegar a 40 milhões de famílias.

"Infelizmente a decisão unilateral da AT&T de marginalizar a Al-Jazeera America deixa-nos diante de uma circunstância insustentável - uma filial que voluntariamente, e com conhecimento de causa, viola as suas obrigações contratuais", afirma um comunicado da Al-Jazeera America. "Em consequência, não temos outra opção a não ser adotar esta decisão para fazer respeitar os direitos da Al-Jazeera America amparados no acordo com a AT&T e conseguir que a AT&T faça o que é correto".

O porta-voz da AT&T, Mark Siegel, disse que a Al-Jazeera não respeitou as suas obrigações e que a operadora de TV U-verse, que pertence à empresa, não exibirá o canal, apesar de transmitir previamente a Current TV, que foi comprada pela Al-Jazeera. "Como resultado da nossa incapacidade para chegar a um acordo para um novo contrato e devido a certas violações por parte da Al-Jazeera do atual contrato, decidimos não transmitir a Current TV na U-verse", afirma Siegel em comunicado.

O canal, operado pelo grupo do Qatar de imprensa que controla a maior rede por satélite do Médio Oriente, entrou no ar na terça-feira. A Al-Jazeera America promete oferecer 14 horas diárias de programação ao vivo, com boletins de notícias, debates, documentários e análises. A emissora terá no máximo seis minutos de publicidade por hora, contra 15 da maioria dos canais.

O grupo, dirigido pela família real do Qatar, planeia atingir mais espectadores e deseja entrar na corrida pelas audiências entre os três grandes canais de notícias dos Estados Unidos: CNN, MSNBC e Fox News. Mas a complexa relação dos Estados Unidos com o Médio Oriente pode complicar a tarefa da nova emissora.

A Al-Jazeera também está em negociações com a Time Warner Cable para a exibição do canal.

@AFP